O chefe da polícia de Malang, Ferli Hidayat, foi hoje despedido, com nove agentes da mesma força policial suspensos, na sequência das investigações a tumultos ocorridos no sábado num estádio na ilha de Java, que causaram 125 mortos.
O anúncio foi hoje feito pelo porta-voz da polícia nacional, Dedi Prasetyo, e o número de suspensões pode ainda aumentar, face a uma investigação levada a cabo quer à atuação policial quer aos acontecimentos.
“Por instruções do chefe de polícia nacional, nove polícias foram suspensos e estão todos a ser investigados”, explicou Prasetyo em conferência de imprensa, lembrando que 28 agentes, ao todo, estão a ser interrogados e sob investigação.
O ministro da Segurança indonésio, Mahfud MD, pediu no início do dia de hoje que a polícia “identifique os perpetradores dos crimes”, entre muitas críticas à brutalidade policial e à atuação dos agentes no recinto.
A tragédia, uma das piores da história do futebol, ocorreu no sábado à noite, quando cerca de 3.000 adeptos invadiram o campo após a derrota da equipa da casa, o Arema FC, frente aos rivais do Persebaya Surabaya, por 3-2.
A polícia usou gás lacrimogéneo para tentar controlar os adeptos em fúria, mas a sua ação acabou por provocar o pânico, com milhares de pessoas a precipitarem-se para a saída.
Muitas das pessoas morreram espezinhadas no caos da debandada, e os tumultos estenderam-se ao exterior do estádio.
As autoridades indonésias disseram inicialmente que os tumultos provocaram 174 mortos, mas o número oficial foi entretanto revisto para 125, embora possa aumentar por haver muitos feridos em estado crítico.
O campeonato indonésio foi suspenso e as autoridades ordenaram um inquérito aos incidentes.
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