A atribuição das verbas do pacote adicional de 65 milhões de euros lançado pelo Governo para o desporto deve obedecer a critérios "transparentes e justos", destacou hoje a Confederação do Desporto de Portugal (CDP).
"Isto é um pacote muito importante, é um pacote robusto, que vem responder às exigências apresentadas na última Cimeira de Presidentes de outubro de 2024. Portanto, foi uma resposta do Governo a essas propostas que apresentámos na altura, mas que agora precisa de ser dada continuidade na lógica da definição desses critérios de transparência, para garantir a transparência do projeto", disse à Lusa Daniel Monteiro, presidente da CDP.
O responsável falava no final da reunião que juntou hoje, em Lisboa, os presidentes de 40 federações desportivas e que teve como propósito avaliar o pacote de verbas anunciado em dezembro pelo Governo para o setor do desporto nacional até 2028.
"Queremos que esses critérios tenham a maior objetividade possível, para que seja um processo transparente, justo e que as candidaturas sejam precisamente para responder a projetos de desenvolvimento das respetivas modalidades, e que cheguem ao dia-a-dia do desporto", reforçou Daniel Monteiro.
Para tal, a CDP pretende que haja um processo de consulta às federações desportivas na definição dos critérios de atribuição dos apoios financeiros, os quais devem garantir transparência, isenção e rigor na gestão dos recursos públicos.
Além disso, quer celeridade na operacionalização do processo e defende a criação de uma Comissão de Acompanhamento, que garanta o "cumprimento rigoroso" dos critérios definidos e a representatividade dos agentes e organizações desportivas.
Em 17 de dezembro, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, anunciou o investimento adicional de 65 milhões de euros num programa plurianual para o desporto (até 2028), que complementa a verba de 54,5 milhões de euros para o setor inscrita no Orçamento do Estado para 2025.
"Este é um programa inédito, único, um recorde olímpico no ponto de vista do investimento no desporto", vincou na altura o ministro dos Assuntos Parlamentares, responsável pela tutela do Desporto.
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