Na cerimónia, que decorreu no Palácio da Conceição, em Ponta Delgada, o presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, referiu que a assinatura do memorando “abre portas para o futuro e para um relacionamento institucional profícuo” entre as duas entidades.
“É nossa intenção organizar conjuntamente, ainda no primeiro semestre deste ano, um evento mundial que, realizado aqui [nos Açores], há com certeza de fazer a reflexão e dar contributos para a prevenção e combate à corrupção ao desporto e a toda a indústria associada”, revelou o líder regional.
José Manuel Bolieiro enalteceu a importância da parceria com a SIGA para que nas “subvenções públicas” destinadas os clubes ou associações desportivas sejam definidos “objetivos que assegurem a integridade, confiança e credibilidade da prática desportiva”.
“O memorando de entendimento não tem custo, a não ser a oportunidade desta cooperação. Faremos a nosso compromisso através destas oportunidades com os valores standard das boas práticas”, afirmou.
O diretor executivo (CEO) da SIGA, Emanuel Macedo de Medeiros, realçou que o acordo entre a organização e o Governo dos Açores “não foi uma mera proclamação de vontades”, sendo antes “a assunção de um compromisso, com metas, objetivos e procedimentos”.
Macedo de Medeiros, que é natural dos Açores, realçou o papel da SIGA para a adoção de “boas práticas” nas áreas da “boa governança”, da “cooperação internacional”, da “anticorrupção”, da “transparência financeira” e da “regulação das apostas desportivas”.
“Há muitas organizações nos Açores, como em Portugal continental e na Europa, que têm vontade de aperfeiçoar a forma como se regem e atuam, mas não têm o know-how [conhecimento]. O nosso propósito é colocar ao seu dispor todo este acervo de informação e boas práticas”, afirmou.
O CEO da SIGA disse que vai colocar em prática uma “estratégia visando a formação dos agentes desportivos” e “fomentar as melhores práticas na matéria de formação de jovens atletas”.
“Vamos afrontar os problemas. Esta é uma diferença marcante. A SIGA, como o próprio nome indica, visa ação, visa reforma, visa ruturas, se tiverem de ser”, declarou.
E concluiu: “O momento em que atravessamos, em que o bom nome do desporto está a ser arrastado pela lama por um conjunto de escândalos, que estão escancarados à vista de todos nas páginas de jornais e em notícias de telejornais, convoca e exige uma atuação liderante por parte da SIGA”.
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