O treinador do Lusitânia afirmou hoje que a equipa que milita no Campeonato de Portugal quer ser “competitiva” diante do Benfica, rejeitando colocar o “autocarro” em frente à baliza no encontro da Taça de Portugal de futebol.
“Queremos testar-nos e mostrar o que são as nossas valências e as nossas forças, mostrar a capacidade e qualidade dos meus jogadores. O grande teste que temos aqui é ser competitivos perante um adversário extremamente forte”, afirmou Ricardo Pessoa.
O treinador do Lusitânia falava em conferência de imprensa realizada na sede do clube, no centro de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Açores, na antevisão à partida da terceira eliminatória da Taça de Portugal.
Apesar de ter pela frente o campeão nacional da I Liga, Ricardo Pessoa vincou que o conjunto açoriano tem uma ideia de jogo “bem definida” que vai manter no encontro de sexta-feira.
“Independentemente do poderio que temos pela frente, vamos manter a nossa ideia bem definida. É aquilo que vamos mostrar. Não há cá autocarros, não há cá caravanas. Não há cá nada disso”, declarou.
E acrescentou: “Queremos dar o nosso melhor e ser competitivos. Sabemos que vamos ter um adversário muitíssimo forte. Temos poucas possibilidades de ganhar? Temos, sim . Mas dentro do que são as nossas oportunidades, vamos jogar da forma a que estamos habituados”.
Reagindo às declarações do treinador do Benfica, que revelou que vai promover alterações na equipa, Ricardo Pessoa alertou que o Benfica vai apresentar “sempre” um “onze muito difícil” com “jogadores de classe mundial”.
“Estamos abaixo do valor do adversário, seja pelos jogadores ou pela equipa técnica. Mas estamos cá para crescer. Vamos tentar demonstrar algumas coisas e aproveitar o que podem ser os pontos menos fortes que todas as equipas têm”, reforçou.
“Independente do resultado final”, o treinador defendeu que a partida vai ter “sempre um impacto positivo” para o Lusitânia, que está em primeiro lugar da Série C do Campeonato de Portugal.
“Os meus jogadores não têm nada a perder. Só têm coisas positivas a tirar. Pela experiência, pelo contacto com jogadores de classe mundial e por estarem a desfrutar de um jogo desse nível”, assinalou.
Ricardo Pessoa salientou que nos jogos da Taça de Portugal é “normal as equipas grandes perderem” quando as formações de escalões inferiores “vão buscar forças onde elas não existem”.
O treinador lembrou que enquanto jogador já venceu uma Taça de Portugal ao serviço do Vitória de Setúbal (2004/05), precisamente numa final diante do Benfica, de Giovanni Trapattoni, para destacar que os encontros da competição “são momentos únicos” para os atletas.
“É um momento único para eles. É algo que vai ficar guardado na memória. É a primeira vez, para 90% deles, que vão jogar com uma equipa grande e por isso o que pedimos é que eles sejam iguais a eles próprios e se divirtam”.
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