José Vala disse hoje esperar uma “grande festa” na receção do Caldas ao Benfica, da terceira eliminatória da Taça de Portugal em futebol, afirmando que pretende uma equipa "a disputar o jogo e a tentar ganhá-lo".
“Espero, acima de tudo, uma grande festa. Estádio cheio, isso é certo. Espero que [a equipa] consiga disputá-lo e ganhá-lo, ainda que a probabilidade seja mais reduzida. Sei que, certamente, vai ser uma festa em grande”, disse o técnico do Caldas, da Liga 3, em conferência de imprensa de antevisão à receção aos ‘encarnados” no sábado, às 20:45, no Campo da Mata, em Caldas da Rainha.
O técnico dos 'pelicanos' espera que todos (jogadores, treinadores, direção e adeptos) consigam “desfrutar” do jogo.
“O futebol é isto. Vir uma equipa como o Benfica, e ainda mais com a qualidade que está a demonstrar (mesmo que até assim não fosse), arrasta multidões”, referiu, dizendo saber que no sábado haverá muitos adeptos “divididos”.
Sobre aquilo que espera a nível tático, José Vala afirma estar à espera de um Benfica com “um bloco alto e a pressionar”, todavia, nota, os seus jogadores têm a lição estudada.
“Nestes jogos, há mais espaço nas costas do adversário e sabemos que a nossa grande arma terá de ser essa. Vamos tentar explorar o contra-ataque e que os astros estejam todos juntos em favor dos mais desfavorecidos”, brincou o também caldense.
Questionado sobre o adversário que gostava de não ver alinhar pelas ‘águias’, o técnico foi perentório: Rafa.
“Gostava que o Rafa não jogasse. É muito rápido, desequilibra muito e está numa forma excelente”, afirmou, acrescentando que, “ao escolhê-lo para não jogar”, era também o jogador que elegia para ter na sua equipa.
Relativamente ao estado do relvado, que obrigou a equipa a treinar num sintético e, por vezes, em apenas “meio-campo”, dividido com os escalões de formação do clube, José Vala “agradece” a ida do Benfica até às Caldas da Rainha.
“Não foi o ideal, mas sinceramente nem foi o mais importante. Já temos de facto uma vitória pelo novo relvado e até isso temos de agradecer ao Benfica”, brincou.
Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal esteve também o capitão de equipa Thomas Militão, que afiançou que no Campo da Mata já é “hábito fazer-se uma grande festa com qualquer adversário”. “Ainda mais com o Benfica, pela grandeza do clube”, completou.
O líder do balneário caldense reiterou que, no sábado, o público vai ver um Caldas a tentar impor o seu jogo.
“Não esperem um Caldas com o autocarro estacionado lá atrás, muitas vezes vamos ser empurrados, mas, quando tivermos bola e também quando não tivermos, vamos tentar colocar em prática o nosso jogo”, disse.
Thomas Militão disse que a equipa está confiante de que “pode haver surpresa”, porque o Campo da Mata "foi feito para serem escritas histórias bonitas”.
“E pode vir a ser escrita mais uma”, salientou, dizendo saber das “hipóteses reduzidas”, mas que é “a essas hipóteses” que a equipa se vai agarrar para tentar passar a eliminatória e deixar “todos orgulhosos”.
Também questionado sobre o jogador contra quem não gostava de jogar, Militão escolheu o avançado Rafa.
“É difícil responder, mas não gostava de apanhar o Rafa, porque estava numa fase muito boa”, afirmou o capitão caldense, salientando as “realidades completamente diferentes” entre os dois emblemas.
O Caldas qualificou-se para a terceira eliminatória da prova ‘rainha’ depois de eliminar o Sporting da Covilhã, da II Liga, por 3-0, ao passo que o Benfica, líder da I Liga, estreia-se na presente edição da competição.
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