O Sporting procura domingo emergir da crise em que mergulhou na sequência das agressões a futebolistas e treinadores com a conquista da Taça de Portugal, mas terá pela frente uma equipa do Desportivo das Aves disposta a fazer história.

Enquanto para o Aves a inquietação apenas poderá estar relacionada com a presença inédita no Estádio Nacional e a perspetiva de alcançar a maior proeza desportiva do clube, a equipa lisboeta vive o momento mais perturbador da sua história centenária.

O Sporting ainda nem sequer treinou esta semana, depois de na terça-feira cerca de 50 pessoas, alegadamente adeptos ‘leoninos’, terem invadido a Academia de Alcochete e agredido vários jogadores, entre os quais Bas Dost, Acuña, Rui Patrício, William Carvalho, Battaglia e Misic, bem como o treinador Jorge Jesus.

As agressões surgiram um dia depois de o presidente, Bruno de Carvalho, ter criticado a equipa devido à derrota frente ao Marítimo (2-1), que custou ao Sporting o segundo lugar no campeonato, perdido para o rival Benfica, e a possibilidade de disputar a próxima edição da Liga dos Campeões.

Do ‘assalto’ a Alcochete resultou a detenção de 23 suspeitos e um invulgar comunicado, subscrito pela maioria do plantel, no qual é anunciada a decisão de disputar o jogo, apesar da “enorme gravidade” da situação, que poderá levar os jogadores a agir “de acordo com os termos e prazos legais”.

O turbilhão que assolou o quotidiano ‘leonino’ nesta semana relegou para segundo plano a vertente desportiva, que atribui claro favoritismo ao Sporting, vencedor de oito dos nove confrontos com o Aves, o primeiro dos quais, precisamente, na Taça de Portugal, em 1969.

Nesta época, o Sporting impôs-se por 2-0 na Vila das Aves e por 3-0 em casa, com um ‘hat-trick’ do avançado holandês Bas Dost, melhor marcador da equipa de Alvalade, que foi o jogador agredido com maior violência na terça-feira e cuja utilização no Jamor poderá estar em risco.

Apesar de falharem, mais uma vez, a conquista do título nacional, os ‘leões’ pareciam, pelo menos, em condições de protagonizar um final de temporada positivo, instalados no segundo lugar na Liga e com a possibilidade de erguerem a 17.ª Taça de Portugal, juntando-a à Taça da Liga.

Depois de ter deixado escapar os possíveis ‘milhões’ da Liga dos Campeões, uma derrota no Jamor frente um adversário que lutou até à penúltima jornada pela manutenção no escalão principal agudizará a crise do Sporting e pode lançar o clube para eleições antecipadas.

Para o Aves, um triunfo no jogo de domingo, com início às 17:15 horas, permitirá à equipa treinada por José Mota tornar-se o primeiro estreante a vencer a prova desde 1990, quando o Estrela da Amadora bateu o Farense, que também nunca tinha disputado a final.

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