Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo desta terça-feira da Taça de Portugal frente ao Leixões, Sérgio Conceição voltou a falar do clássico do último fim de semana frente ao Sporting e teceu algumas considerações sobre o clássico de Alvalade e as suas escolhas, nomeadamente a titularidade de Pepe.
"O Pepe vai definir a sua utilização durante os treinos, como todos os jogadores. Não podemos é esquecer uma coisa: o Pepe esteve parado durante seis semanas. Ele vinha de uma outra equipa com ideias diferentes das minhas. É preciso ele conhecer um bocadinho melhor aquilo que são as nossas ideias. Agora, ele é experiente e já não é nenhum miúdo de 20 anos.", começou por dizer, antes de falar do clássico de Alvalade.
"No último jogo ele esteve no banco e, se esteve no banco, era porque estava disponível para jogar. Ouvi muito burburinho... O Sérgio Oliveira não estava no jogo porque os treinos não correram como eu queria. O Pepe também é médio, o Mbemba... Por vezes fala-se demais. Quando não se conhece fala-se demais. É preciso mais consciência. Já não estou a falar só em relação ao Pepe, estou a falar em termos do jogo de Alvalade", afirmou.
Sérgio Conceição prosseguiu o tom crítico quando questionado sobre a calendarização apertada dos jogos e a falta de descanso dos treinadores.
"Quando não se conhece manda-se para o ar umas coisas, mas o problema é que falam para milhares de pessoas. Quando não se sabe, não se deve dizer barbaridades, digo isto em relação ao Pepe mas também em relação ao jogo de Alvalade. Disseram que o FC Porto só ficou equilibrado com a entrada do terceiro médio. Mas, durante a primeira parte, o FC Porto jogou várias vezes com três médios, com o Corona em posições mais interiores. Era isto que tinha para dizer, estava aqui engasgado", disparou o treinador dos dragões, antes de acrescentar.
"Por vezes não há (descanso). Fica de certa forma limitada. É o que nos move, esta paixão, a profissão. Aligeirava um bocado se, por vezes, não ouvisse tanta barbaridade, ignorância. Ouço coisas que às vezes não têm a ver com crítica, estamos sujeitos a ela, tem a ver com coisas fora do contexto, nada a ver com o jogo jogado. Na primeira parte em muito momentos o FC Porto teve o terceiro médio, Corona. As pessoas falam sem saber. Entrámos em Alvalade da mesma forma como noutros jogos teoricamente mais fáceis. Encontrámos um adversário que abdicou de pressionar e deu a iniciativa ao FC Porto", finalizou.
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