O presidente do Leça, do Campeonato de Portugal, regozijou-se hoje com o triunfo no desempate por penáltis diante do Arouca, da I Liga, na Taça de Portugal de futebol, esperando que chame mais adeptos ao estádio.
“Isto faz catapultar a disponibilidade das pessoas e a alegria dos jogadores e da massa associativa. Precisamos de mais adeptos em volta do clube e estamos a fazer uma campanha com alguma projeção para que haja mais sócios. É evidente que uma vitória destas transcende aquilo que no início da época não pensaríamos”, frisou aos jornalistas António Pinho, no final do jogo disputado no Estádio do Leça FC, em Leça da Palmeira.
O Leça derrotou esta tarde o Arouca nas grandes penalidades, por 2-1, após empate 1-1 no prolongamento, num encontro em que Nuno Barbosa adiantou os matosinhenses no marcador, aos 33 minutos, mas o costa-marfinense Eboué Kouassi igualou, aos 89.
“É um sentimento de satisfação e alegria, como devem compreender. Fizemos o nosso papel e conseguimos aguentá-los. Agora, vamos ver o próximo adversário. Estamos a tentar recuperar aquilo que não conseguimos na época passada. Vamos ver se, com calma e serenidade, conseguimos lá chegar em 2021/22. As coisas não estão a correr mal, mas há um longo caminho a percorrer”, analisou o líder máximo dos leceiros.
Depois de ter saboreado às vitórias sobre Lusitânia de Lourosa (1-0), da Liga 3, Sporting de Pombal (4-0), dos escalões distritais, e Arouca, António Pinho não esconde que preferia medir forças com “um pequenino” na quarta eliminatória da Taça de Portugal.
“Venha um pequeno ou um ‘grande’, vamos fazer o nosso melhor para tentar vencer e levar bem alto o nome do Leça. É evidente que sofri muito, até porque este dia não foi muito pacífico para mim fora do futebol. No entanto, as coisas já estão retemperadas e agora vai-se até casa e descansa-se. Amanhã [segunda-feira] será outro dia”, contou.
Lamentando a ausência de transmissão televisiva do embate com o 16.º colocado da I Liga, o líder do Leça apelou à presença dos adeptos para ter “valor acrescentado na bilheteira”, mesmo que a organização de um jogo da prova ‘rainha’ “não dê prejuízo”.
“Só para o policiamento foram cerca de 1.000 euros, porque estávamos a defrontar uma equipa da I Liga e os valores são mais altos. Para complementar a situação, as receitas são a dividir por três partes. O que quer dizer que convém, em todos os jogos que se possam fazer aqui, que haja uma massa associativa significativa, quer de um lado, quer do outro, para podermos pagar estes valores relativamente altos. Não quer dizer que a Taça dê prejuízo, devido à quantia que recebemos pela nossa presença”, explicou.
O Leça, terceiro colocado da Série C do Campeonato de Portugal, com seis pontos em três jornadas, tinha subido em 2020/21 à recém-criada Liga 3, mas viu a inscrição ser inviabilizada por via administrativa pela Federação Portuguesa de Futebol, devido a dívidas de 630 mil euros ao fisco, possibilitando a repescagem da Sanjoanense.
Com quatro presenças na I Liga (1941/42 e entre 1995/96 e 1997/98), os matosinhenses fizeram do Arouca o segundo clube primodivisionário a ‘cair’ na terceira ronda da Taça de Portugal, após o Marítimo também ter sido afastado nos penáltis pelo Varzim, da II Liga.
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