Depois de uma igualdade (1-1) no tempo regulamentar, a equipa da II Divisão conseguiu resistir no prolongamento, acabou por ser mais feliz no desempate e agora quer defrontar o FC Porto ou o Benfica, neste segundo ano consecutivo em que se qualifica para os quartos de final da competição.
Em dia de descanso merecido, o guarda-redes Pedro Alves, que defendeu dois remates da marca de grande penalidade, reconhece que o Leixões era o favorito, mas lembra que os jogadores do Pinhalnovense lutaram sempre pelo resultado.
“Foi uma sensação óptima. Nós sabíamos que as nossas possibilidades eram poucas, mas também sabíamos que as tínhamos e lutámos por elas. Sabíamos que era um jogo muito difícil, muito complicado, com uma equipa que joga para subir à I Liga e que tem um orçamento não sei quantas vezes maior do que o nosso”, disse.
“Agora espero que seja um ‘grande’, por todos os factores: primeiro pela receita, segundo pela valorização que pode dar a certos jogadores – porque temos aqui jogadores jovens com bastante qualidade que podem vir a chegar à Liga principal – e também porque pode ser a oportunidade de uma vida para alguns jogadores, de jogarem contra uma grande equipa, num grande estádio”, acrescentou.
Satisfeito está também o treinador do Pinhalnovense, Paulo Fonseca, que o ano passado tinha sido eliminado em casa pela equipa de Augusto Inácio (Naval) e que este ano surpreendeu o técnico que se sagrou campeão nacional pelo Sporting, agora no comando técnico do Leixões.
“O cenário foi diferente. O ano passado jogámos em casa e este ano jogaram fora. As coisas até se previam mais difíceis do que o ano passado, mas fomos mais felizes este ano”, disse, acrescentando que quem assistiu ao jogo com o Leixões pôde comprovar que o apuramento do Pinhalnovense para os quartos de final “tem muito de justo”.
Quanto ao adversário que lhe poderá calhar em sorteio, o técnico do Pinhalnovense também prefere defrontar o FC Porto ou o Benfica, desde que seja no Pinhal Novo.
Uma opinião partilhada pelo presidente do clube, Amândio Dias, que também não esconde a preferência por questões financeiras.
“Se vier o dito ‘grande’ poderá ser bom para o clube. Se não vier poderá ser mais um custo adicional, como aconteceu o ano passado com a Naval, um jogo que não trouxe nenhum benefício. Pelo contrário, só trouxe mais custos”, disse.
“Mesmo assim, há um valor que nunca se perde: a imagem que damos para todo o Pais. O Pinhalnovense não é conhecido por ser o primeiro ou o segundo da série C do campeonato da II Divisão, é-o claramente pela história que temos feito na Taça. E felizmente temos tido alguma sorte”, concluiu o presidente do Clube Desportivo Pinhalnovense.
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