Declarações de Luís Freire, treinador do Nacional, na conferência de imprensa, após a derrota com o FC Porto.

Análise ao jogo: "Quero dar uma palavra aos meus jogadores, porque tenho um grupo fantástico de jogadores que dão o máximo em todos os treinos, que estão a treinar em situações adversas, que fizeram um jogo de grande luta contra o Sporting, e que hoje voltaram a estar numa grande luta contra o FC Porto. Este era um adversário muito difícil, como todos sabemos. Conseguimos, numa primeira fase, estancar a criação de oportunidades de golo do FC Porto, por algum tempo. Respondemos bem ao golo e fazemos o 1-1. É normal que o FC Porto assuma mais a posse e o controlo do jogo, mas nunca nos desmontámos e conseguimos manter a igualdade até ao intervalo".

Segunda parte: "Tentámos ajustar algumas coisas nos corredores laterais, onde o FC Porto acaba por ganhar alguma vantagem nas variações, porque aparecia o Luis Díaz e mais jogadores por dentro. Mas penso que na segunda parte, o jogo começa a ficar mais dividido, mais partido, mais nervoso, e estava claramente a surgir para nós a oportunidade de fazer estragos. Aconteceu e fizemos o 2-1".

Lance da expulsão de Rui Correia e 2-2 do FC Porto: "É verdade que depois disso, não abordámos bem aquele lance em que poderíamos ter colocado a bola fora, mas fica o convite para quem gosta de ver as imagens, a ver as imagens da expulsão. Eu não vou comentar, é ver as imagens da expulsão aos 65 minutos, quatro minutos depois do 2-1. Como é lógico, o FC Porto, que é uma grande equipa, habituada a um processo ofensivo, com belos jogadores, bem orientada, acaba por mandar no jogo. Mas nós tivemos a capacidade de estar coesos, de viver o jogo sem empatar tempo, sem mandar o guarda-redes cair, sem fazer um festival. Mantivemo-nos dentro do jogo, com as nossas armas, e acabámos por sofrer o 2-2 num lance em que também é só ver:

Mexidas para prolongamento: "A intenção no prolongamento foi tentar estancar o FC Porto sem baixar demasiado e ainda ter algum contra-ataque. Conseguimos por vezes sair, mas o FC Porto faz o 3-2 quando tínhamos jogadores para substituir. Tentámos ainda ir à procura, já nos últimos cinco minutos, mas é quando somos desequilibrados e fazem o 4-2. Ainda podíamos ter feito o 4-3 de penálti, mas quero acima de tudo frisar isto: os jogadores estão de parabéns e estou orgulhoso deles.

Boa resposta: "Não estamos contentes com a derrota, ninguém aqui está contente com a derrota, só estamos satisfeitos com o meu grupo de trabalho. Grandes homens, grande capacidade de luta, de sacrifício, depois de jogar contra o Sporting, jogar contra o FC Porto, neste campo que está pesadíssimo. Com os jogadores a dar uma boa resposta, com entreajuda entre todos. Jogadores que não têm jogado também a dar uma grande resposta. E é com isso que estou satisfeito, com o grupo que tenho."

O FC Porto venceu, esta terça-feira, o Nacional por 4-2, após prolongamento, em jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal de futebol, garantindo o apuramento para os ‘quartos’ da competição. Na próxima ronda os detentores do troféu defrontam o vencedor do jogo entre o Gil Vicente, da I Liga, e o Académico de Viseu, do Campeonato de Portugal.

No Funchal, o FC Porto chegou à vantagem aos 22 minutos, com um golo do Luis Díaz, mas o Nacional deu a volta ao marcador, através de Brian Róchez (25) e Brayan Riascos (62). Com a equipa madeirense já com menos um jogador, devido à expulsão de Rui Correia (65), o recém-entrado Evanilson empatou a partida, aos 88. No prolongamento, Sérgio Oliveira devolveu a vantagem aos ‘dragões’, aos 101, e Taremi ampliou o marcador, aos 115, com o Nacional a desperdiçar uma grande penalidade aos 120.