O FC Porto chegou a temer o pior esta noite, mas o sonho do Famalicão não resistiu à 'bomba' de Otávio, que garantiu o apuramento dos dragões para a final da Taça de Portugal. A equipa minhota bateu-se bem e esteve mesmo a vencer por 2-1, mas dois golos a fechar o prolongamento carimbaram o bilhete dos azuis e brancos para o Jamor, marcando encontro com o SC Braga.
Veja o resumo
Sérgio Conceição fez cinco alterações em relação à partida contra o Boavista, do último domingo: Diogo Costa, Marcano (castigado), Eustáquio, Evanilson e Taremi deram lugar no onze a Cláudio Ramos, Fábio Cardoso, Galeno, Grujic e Toni Martínez.
No Famalicão, também foram várias as mudanças, com João Pedro Sousa a manter apenas quatro jogadores da equipa que apresentou em Alvalade – Luiz Júnior, Otávio, Riccieli e Colombatto.
Primeiros minutos no Dragão e o FC Porto optou por entregar a bola ao Famalicão, que não deixava o adversário sair do seu meio-campo. Os minhotos estavam por cima e aproveitaram alguma displicência da equipa da casa para empatar a eliminatória: livre batido por Ivo Rodrigues e Jhonder Cádiz, em antecipação a Toni Martínez, a cabecear para o fundo da baliza (21’).
Os dragões responderam de imediato e aos 23’ Uribe queixou-se de um toque na barriga, dentro da área, depois de um cruzamento de Toni Martínez. Manuel Mota foi ver as imagens e assinalou grande penalidade, que Galeno transformou, com sucesso, no empate. E o FC Porto voltava a ficar mais perto do Jamor.
Até ao intervalo, os dragões voltaram a estar perto do golo, com Luiz Júnior a defender o remate de Toni Martínez, sendo que Galeno ainda festejou o ‘bis’ aos 38’, mas havia fora de jogo.
O Famalicão voltou a entrar bem na segunda metade e aos 60' viu Cláudio Ramos defender em direção ao poste o remate de Iván Jaime, na sequência de uma bola longa. Sérgio Conceição quis evitar nova surpresa e de imediato lançou em campo Taremi e André Franco.
Mas o que fazer perante um talento como o de Iván Jaime? À segunda, marcou mesmo: fugiu pelo flanco esquerdo até ao coração da área e rematou cruzado para o 2-1, empatando novamente a eliminatória. E até podia ter feito o 3-1 já perto do minuto 90, quando Alexandre Penetra, na resposta a um livre lateral, obrigou Cláudio Ramos a aplicar-se.
Numa reta final marcada por algum frisson, com Pepe a queixar-se de um insulto racista de Colombatto, o marcador não voltou a mexer e a decisão foi mesmo para prolongamento. E aqui os jogadores começaram a acusar o peso do momento, nem sempre tomando as melhores decisões - muitas faltas e poucas oportunidades de perigo, apesar do domínio do FC Porto.
Mas é também nestes momentos que surge um rasgo de inspiração capaz de resolver um jogo. Foi o caso de Otávio que, quando a lotaria dos penáltis parecia quase uma certeza, disparou uma bomba ao ângulo da baliza de Luiz Júnior, um golaço que levou o Dragão ao rubro - Sérgio Conceição, inclusive, foi expulso nos festejos. Com a final praticamente garantida, Evanilson ainda fez o 3-2 que confirmou mesmo o bilhete para o Jamor.
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