O FC Porto conseguiu, este sábado, aquilo que os adeptos se habituaram a chamar ‘dobradinha’, ou seja, juntar a Taça de Portugal à conquista do título de campeão nacional, ao vencer o Benfica por 2-1. Os dragões conseguiram-no numa época atípica (e longa) devido à pandemia de COVID-19. A última vez tinha sido na época 2010/11, com André Villas-Boas no comando técnico.

Os dragões, que jogaram reduzidos a dez elementos a maior parte do encontro, conquistam a sua 17.ª Taça de Portugal, a segunda em dez finais disputadas com o Benfica.

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A abertura da final ficou marcada pela apresentação do hino nacional, pela voz da fadista Ana Moura, um momento aproveitado para homenagear os profissionais de serviços essenciais, que continuaram na sua atividade apesar da pandemia: médicos, bombeiros, polícias, entre outros.

Em relação à equipa que venceu o dérbi com o Sporting, o treinador Nélson Veríssimo fez sair Tomás Tavares e entrar Nuno Tavares, que falhou o encontro devido a lesão, mantendo os restantes 10 jogadores.

Por seu lado, Sérgio Conceição procedeu a duas alterações em relação à formação que perdeu por 2-1 em Braga, no fecho da I Liga portuguesa de futebol, num ‘onze’ no qual se mantiveram Uribe e Luis Díaz, ambos recuperados de lesões.

As novidades são os regressos de Mbemba e Marega, que tinham falhado o jogo na ‘pedreira’ devido a lesão e castigo, respetivamente. Saem Diogo Leite e Soares, ambos relegados para o banco dos suplentes.

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Além destes dois jogadores, são também suplentes nos ‘azuis e brancos’ Marchesín, Loum, Romário Baró, Sérgio Oliveira, João Mário, Vítor Ferreira e Aboubakar. No lado dos ‘encarnados’, ficam no banco Svilar, Tomás Tavares, Ferro, Florentino, Taarabt, Rafa, Jota, Dyego Sousa e Vinícius, o melhor marcador da edição 2019/20 da I Liga.

Aos 38 minutos surgiu um balde de água fria para Sérgio Conceição. Depois de uma entrada dura de Luis Díaz - que já estava 'amarelado' - sobre André Almeida, o árbitro Artur Soares Dias mostrou o segundo cartão amarelo ao avançado colombiano e deixou a equipa portista a jogar com dez elementos.

Quem também não gostou desta admoestação foi Sérgio Conceição, que protestou não uma, mas sim duas vezes, acabando mesmo por ser expulso do banco. O treinador do FC Porto dirige-se de dedo em riste a Manuel Mota, 4.º árbitro, após ser expulso. Os ânimos estavam tão exaltados que o desafio acabou mesmo por ser reiniciado ainda com o treinador dos dragões a discutir com Mota.

O jogo continuou 'quente' até ao intervalo, tendo havido inclusive uma troca mais acesa de palavras entre Pepe e Rui Costa na recolhida para os balneários.

Pinto da Costa, presidente do FC Porto, terá mesmo saído da zona da tribuna presidencial, onde assistia ao jogo, em direção, aparentemente, aos balneários.

No recomeço da partida, após o intervalo, os dragões chegaram ao golo por Mbemba, que após livre de Alex Telles, aproveitou uma saída em falso de Odysseas e cabeceou para o primeiro da partida.

Aos 59 minutos, mais um golo em Coimbra, de novo para o FC Porto e de novo por Mbemba. Após marcação de livre por Otávio, o congolês surgiu no meio da defesa do Benfica e fugiu de marcação cabeceando sem resistência para o segundo golo da partida aos 59 minutos.

Aos 83 minutos, Rafa caiu na área no duelo com Diogo Leite e Artur Soares Dias assinalou o castigo máximo. Através da marcação da grande penalidade, Vinícius reduziu a desvantagem encarnada. Bola para um lado, guarda-redes para o outro.

Em tempo de compensação, o Benfica esteve muito perto de empatar e relançar a partida. Jota enviou a bola ao poste da baliza de Diogo Costa.

Os dragões, que não venciam a Taça desde 2010/11, quando tinha feito a última 'dobradinha', somou o 17.º troféu e igualou o Sporting, ficando a nove do Benfica, que é o recordista de troféus.