O Benfica joga terça-feira no Estádio São Luís, em Faro, a partir das 20h15, contra o Farense, em jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal, apenas três dias depois de ter conquistado a Taça da Liga, frente ao Sporting, em Leiria.

Bruno Lage, treinador das águias, fez a antevisão ao encontro com o conjunto algarvio e falou de outros assuntos da atualidade dos 'encarnados'.

Momento do Benfica: "Aquilo que falámos nos primeiros meses de trabalho foi a união. Unimos também os adeptos. Aquilo que queremos neste momento é consistência. É em busca disso que temos de continuar a trabalhar. Não podemos perder a união que temos, quer dentro do clube, quer com os adeptos. A consistência tem de partir de todos, dos jogadores e da equipa técnica, sabendo que temos de jogar de três em três dias. Queremos que as rotinas se mantenham e o onze estabilize, mas temos de proporcionar momentos a cada jogador e temos de lidar com lesões".

Apenas um dia para preparar o jogo: "Começámos a preparar o jogo já na folga. A equipa vem de jogos consecutivos e temos de recuperar os jogadores tem em conta o estado físico deles. Chegámos a Lisboa às três da manhã, eu cheguei a casa por volta das quatro. Achámos melhor os jogadores recuperarem com as famílias. Seguimos o plano, exatamente da mesma forma que preparámos o jogo a seguir ao Sp. Braga."

O que espera do Farense: "Vamos ter um jogo muito difícil. Já o tinha sido na primeira mão. O Tozé [Marreco] tem feito um excelente trabalho, com bons resultados recentemente. É uma equipa muito competente e quer seguir em frente. Depois de vencermos a Taça da Liga, pretendemos também estar na final da Taça de Portugal. Temos de fazer um jogo muito bom e continuar o trajeto".

Mexidas na equipa e no plantel: "O que posso dizer é que a única certeza que tenho é que o Samu [Samuel Soares] vai jogar. Ainda temos o dia de amanhã para avaliar. Aí vamos perceber como é que os jogadores recuperaram, durante a manhã. O mercado? É um facto que a abertura do mercado pode eventualmente mexer com alguns jogadores. O que eu quero é que, a qualquer momento, estejam disponíveis para jogar, com respostas como aquela que o Schjelderup deu. Falei com ele quando não fez o quarto golo frente ao Sporting de Braga e depois fez o golo da final. Quem quiser ter a oportunidade tem de olhar para isso. O Samu tem feito um trabalho fantástico. Merece mais do que o que já teve. Neste momento, aquilo que posso dizer é que vai jogar amanhã".

Disse antes da Taça da Liga que iam ganhar. E o campeonato?: "Estou convicto que temos um plantel muito bom e se tivermos essa consistência que podemos chegar ao fim, aos dois três últimos jogos, e podemos estar a lutar para sermos campeões. Quero que o número 38 passe a ser o número 39 no corredor onde temos as réplicas. Hoje de manhã quando lá passei já lá estava o número 8 na Taça da Liga."

Equipa com várias facetas, capaz do melhor e do pior: "Estamos a falar de uma equipa que tem um treinador que chega em setembro, não teve pré-época e teve de trabalhar a partir daí. A equipa sabe jogar bom futebol, sabe jogar sob pressão e já mostrámos isso. Queríamos manter um onze, mas jogar de três em três dias implica alterar esse onze. Sabemos que não podemos esgotar os jogadores, nem colocá-los em risco. Fico muito feliz quando, no tempo certo, os jogadores entram e ajudam a equipa, mesmo os que não têm jogado tanto. Nós, treinadores, passamos muito de bestiais a bestas. Eu não faço isso com os meus jogadores. Estamos aqui para ajudá-los a que estejam sempre em condições de contribuir para as vitórias".

O que há para melhorar: "Há coisas que em que temos de persistir e uma delas, que até fizemos bem na Taça da Liga, é controlar o jogo com bola. Não podemos jogar sempre à mesma velocidade. Por vezes, há que baixar uma mudança ou não entrar em zonas de depressão tão rapidamente".

Possíveis saídas em janeiro: "O Benfica tem de estar sempre atento ao mercado e todas as possibilidades de mercado. Cada um que entrar tem de ser para ajudar a equipa. Uma oportunidade de negócio, tal como eu disse, sabem que têm de vir de carteira cheia. Se for bom para o jogador e bom para o clube, é uma oportunidade de negócio."