O Benfica está nos oitavos-de-final da Taça de Portugal depois de vencer o Estoril por 1-0 na Amoreira, em partida da 4.ª eliminatória da prova. Num reeditar do duelo que as duas equipas tinham travado três dias antes e que a águias venceram com facilidade, por 5-1, desta feita os encarnados não tiveram vida tão fácil.

O único golo da partida surgiu já na segunda parte, e numa altura em que o Estoril já se encontrava reduzido a dez elementos, por expulsão de Francisco Geraldes. David Neres aproveitou uma má abordagem do guarda-redes da casa, Dani Figueira, a um lance para, com um remate acrobático, assinar o golo que permite ao Benfica seguir na luta pela conquista de um troféu que não ergue desde 2016/17. Foi o 24.º jogo sem perder das águias esta temporada...

Primeiros minutos divididos

Roger Schmidt, igual a si mesmo, não mexeu praticamente nada em relação à equipa que tinha goleado o Estoril há apenas três dias, mesmo tratando-se agora de um jogo da Taça, colocando apenas David Neres no lugar de Chiquinho.

Do outro lado houve mais mexidas (sete, ao todo), com Nelson Veríssimo a fazer alinhar os quatro jogadores que estiveram impedidos de o fazer no embate com as águias para a I Liga. E o primeiro quarto de hora foi dividido, sem que qualquer uma das equipa se conseguisse impor e sem registo de lances de perigo. Nota apenas para um disparo de fora da área de Tiago Gouveia que não assustou Vlachodimos.

Grimaldo acerta na trave e Benfica desperta

Aos 15 minutos, porém, o Benfica beneficiou de uma falta muito perto da entrada da grande área do Estoril. Um livre ao jeito de Grimaldo, mais ou menos de onde tinha marcado recentemente a Maccabi e Chaves. Desta feita, porém, o remate do lateral espanhol bateu na trave.

Foi, contudo, o mote para as águias tomarem, a partir daí, conta do jogo, instalando-se mais no meio-campo canarinho, com Rafa a desperdiçar uma oportunidade soberana à passagem da meia hora. Isolado por um passe sublime de Enzo, Rafa ficou na cara de Dani Figueira, guarda-redes da casa, mas rematou a milímetros do poste.

Mesmo sem a intensidade de outros jogos, as águias pressionaram até ao final da primeira parte e voltaram a ameaçar por António Silva e Musa. Do outro lado, João Carlos testou as qualidades as qualidades de Vlachodimos, mas o intervalo chegou mesmo com o marcador 'em branco'.

Segunda parte arranca com expulsão

As duas equipas regressaram sem alterações para o segundo tempo, mas uma arrancada de Rafa, travada em falta por Francisco Geraldes, quando o 'camisola 27' do Benfica parecia ir isolar-se, ditou a expulsão do médio do Estoril.

A partir daí o Benfica acentuou ainda mais o domínio que já vinha evidenciando no fecho da primeira parte e as oportunidades de golo foram-se sucedendo. Valeu, então, ao Estoril duas grande defesas de Dani Figueira, primeiro a defender o livre de Grimaldo que se seguiu à expulsão e depois a negar o golo a Rafa, num remate cruzado.

Surge o golo que se adivinhava...e que chegou para fazer a diferença

Em inferioridade numérica, o Estoril ainda conseguiu chegar uma ou duas vezes à grande área do Benfica, mas a pressão das águias era cada vez mais e acabou por dar frutos. Roger Schmidt tinha acabado de trocar Musa por Henrique Araújo na frente de ataque quando na sequência de um cruzamento da direita, Dani Figueira, que tão bem tinha estado até então, abordou mal o lance, socando a bola para cima e David Neres, de forma acrobática, de costas para a baliza, fez o golo.

A partir daí o Benfica, com mais um homem em campo e em vantagem no marcador, foi gerindo o resultado, não criando muito mais situações de perigo e foi o Estoril a ameaçar, perto do fim, o empate, num remate enrolado do recém-entrado Gonçalo Esteves. Vlachodimos defendeu para canto e o resultado não sofreu mesmo mais alterações.

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