É a melhor forma que encontramos para resumir o que se passou neste encontro da Taça de Portugal: O bilhete da vitória portista valeu mais pelo seu preço do que propriamente pela viagem a Santa Maria da Feira.
Depois do encontro, Julen Lopetegui falou da magia e imprevisibilidade da Taça de Portugal. Não foi este o caso. Nem magia nem imprevisibilidade. A passagem do FC Porto para os quartos de final da prova rainha, ao bater e eliminar o Feirense, parece-nos natural. Afinal, é uma equipa do primeiro escalão contra uma que luta para ser desse escalão. O FC Porto luta por títulos, até europeus, o Feirense tem apenas um objetivo, pertencer ao campeonato (português) dos azuis e brancos.
O Feirense, atual segundo classificado da II Liga, fez algo que não é normal num jogo a eliminar, e atendendo à sua posição de ‘não favorito’, jogou cara a cara com os homens da cidade Invicta. No primeiro tempo, os homens comandados por Pepa recorreram à pressão alta e à incisão de erros ao adversário (sim continuamos a falar do Feirense). Contudo, esse fulgor foi desaparecendo na segunda parte, surgindo apenas nos instantes finais, onde Helton conseguiu evitar que o jogo fosse a prolongamento, valendo ao FC Porto a qualidade mais do que provada do guardião brasileiro.
Em relação ao jogo de muito nevoeiro com o Nacional, Julen Lopetegui fez sete alterações no onze inicial, dando oportunidade a alguns jogadores com pouco andamento nesta temporada. O técnico basco não convocou Maxi, Marcano e Imbula, eles que tinham estado na lista para o jogo na Choupana, realizado entre domingo e segunda-feira. Para este jogo, o técnico basco apostou em Helton para a baliza e José Ángel voltou à equipa titular, tal como Evandro, Sérgio Oliveira, Tello e Bueno.
Até ao intervalo, além do (importante) golo de Aboubakar, o FC Porto dominou na posse de bola, cerca de 70 por cento, mas apenas com um remate à baliza, e esse foi certeiro. Aos nove minutos, após canto cobrado por Sérgio Oliveira, o avançado portista ganhou vantagem nas alturas, cabeceando para o primeiro, e único, golo. Desta forma, Aboubakar deu uma ‘cabeçada’ na crise de golos que vinha atravessando, muito importante para voltar a ganhar a confiança de Julen Lopetegui.
No segundo tempo, os azuis e brancos exibiram um futebol pálido e o Feirense foi perdendo o fôlego, algo natural para uma equipa que já leva 28 jogos oficiais esta temporada.
Sérgio Oliveira, que se fez notar no meio desta ‘fornada’ na Feira e Aboubakar, pelo golo, foram as figuras de destaque neste FC Porto de Taça. Mas os pontos positivos ficam por aqui,
O Feirense despede-se da Taça de Portugal, mas deixa uma excelente impressão, mostrando que é um dos candidatos sérios à subida de divisão. Agora, as duas equipas regressam este fim de semana aos respetivos campeonatos, com o FC Porto a receber a Académica e o Feirense a jogar em Barcelos, ambos no domingo.
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