O Vila Real recebeu na noite desta sexta-feira o FC Porto na sua casa, o Complexo Monte da Forca. Com toda a emoção que a Taça de Portugal exige, os transmontanos abriram a porta de casa aos 'dragões' e fizeram a festa. No entanto, e como se fazia esperar, o 'fosso' entre as duas equipas não se fez esperar e a equipa de Sérgio Conceição marcou cedo e acabou por sair do Monte da Forca com uma vitória por 6-0.

O jogo: Adrián voltou e marcou... e marcou... e voltou a marcar... e ainda marcou mais uma vez

Quando vemos frente a frente o campeão nacional e uma equipa da distrital já sabemos que o jogo promete e este prometeu mesmo. A partida começou equilibrada, mas foi sol de pouca dura e aos sete minutos de jogo o FC Porto já ganhava por 1-0. A partir daí foi sempre a somar.

À medida que o tempo passava, o Vila Real deixava notar cada vez mais as dificuldades que tinha em fazer frente à equipa de Sérgio Conceição que, com todo o 'respeito' que o técnico prometeu, foi jogando e vencendo sem grandes problemas.

Foram 90 minutos de um domínio claro do FC Porto, em que o Vila Real de Patrick Canto nunca desistiu e tentou sempre chegar ao último terço da área adversário, no entanto sem sucesso e sem exigir grande esforço de Fabiano que foi um mero espectador durante o jogo.

Se o jogo já se adivinhava difícil para os transmontanos, ficou ainda pior quando a poucos minutos do intervalo, o árbitro da partida António Nobre expulsou Raúl Babo com um vermelho direto por um entrada dura sobre Bazoer que seguia isolado para a baliza de Murta. Reduzidos a dez, os jogadores do Vila Real começaram a 'quebrar' ainda mais.

Com quatro golos de Adrián López - aos 7, 14, 47 e 66 minutos -, um de 'Tiquinho' Soares aos 49 minutos e outro de André Pereira aos 61, o FC Porto saiu do Monte da Forca com uma goleada no currículo, frente a uma equipa que não visitava há 27 anos.

Os melhores: O regresso de um goleador, acompanhado de um 'pequeno' gigante

Adrián López chegou ao FC Porto na temporada 2014/2015 e nessa época marcou um golo com a camisola dos 'dragões', o primeiro e último tento com a camisola dos 'azuis e brancos' até à noite desta sexta-feira. Depois de terminar este jejum com quatro anos, o avançado espanhol conseguiu marcar mais golos num jogo que nos últimos anos juntos. Foi o melhor jogador em campo com uma exibição memorável.

Mas, apesar do 'poker', Adrián teve de dividir o destaque desta noite com Óliver Torres. Sempre atento e disposto a dar tudo pelo jogo, o jogador espanhol de 23 anos assistiu Soares com uma jogada incrível (deixou para trás cinco adversários). Óliver mostrou neste jogo que merece ser mais utilizado e que tem uma qualidade individual tremenda.

O pior: A gota de água para os transmontanos

Cientes de que o jogo não seria (nada) fácil, os jogadores do Vila Real entraram em campo decididos a, pelo menos, dar luta aos 'dragões'. Melhor ou pior, mas iam jogando, até ficarem reduzidos a 10 e verem a derrota como mais que certa. Aos 44 minutos de jogo, Raúl Babo foi expulso com um vermelho direto por um entrada dura sobre Bazoer que seguia isolado para a baliza de Murta. Com um jogador a menos, as dificuldades dos transmontanos foram aumentando a cada minuto e o Vila Real ficou à mercê do FC Porto.

Reações

Sérgio Conceição: "Assisto ao vivo a mais jogos dos distritais do que da primeira divisão"

Patrick Canto: "As diferenças são tremendas, mas tentámos jogar"

Adrián López: "Estou muito feliz por ter ajudado a equipa"

Murta: "Tentámos desequilibrar, mas com o FC Porto não é possível"