Segunda visita à Pedreira, segunda derrota do Benfica esta época. Com contornos diferentes, é certo, mas a confirmar o SC Braga como uma pedra no sapato de Roger Schmidt (pelo menos no seu reduto). Os minhotos avançam para as meias-finais da Taça de Portugal, mas foi preciso esperar pelas grandes penalidades para resolver uma eliminatória de duas caras.
A equipa encarnada adiantou-se num canto de laboratório, que Gonçalo Guedes finalizou de cabeça, ainda reclamou uma grande penalidade sobre o avançado (que o VAR rejeitou), e não deixou que o adversário entrasse no jogo. Até que a expulsão de Bah aos 31 minutos inverteu o jogo por completo.
Roger Schmidt surpreendeu ao abdicar de Gonçalo Guedes para dar lugar a Gilberto, uma saída que fragilizou ainda mais o Benfica face ao empate quase imediato do SC Braga, também de canto. Al Musrati marcou e fez a equipa jogar – também é dele o penálti decisivo – e o SC Braga encostou o adversário às cordas.
No lado das águias, a mudança para uma defesa de três centrais ajudou a segurar o empate, tanto que o SC Braga só ameaçou dentro da área já no fim, quando Banza acertou no ferro. E com mais gente atrás – Chiquinho foi fundamental no apoio defensivo – faltou um elemento desequilibrador como Enzo, pelo que o Benfica não conseguiu mais do que um remate cruzado de Aursnes, aos 69’.
O jogo teve mesmo prolongamento, no qual o Benfica viu-se reduzido a nove, após expulsão de Morato, e na lotaria dos penáltis acabou por ser Aursnes a ceder à pressão, permitindo a defesa a Matheus. O SC Braga avança na Taça, tendo encontro marcado com o Nacional, do segundo escalão, e o Benfica despede-se de mais um troféu, na antecâmara da visita a Bruges.
O momento
Expulsão de Bah: O momento que tudo mudou. O Benfica ia gerindo a vantagem com bola, ainda que sem criar grande perigo, até que uma entrada feia de sola no tornozelo de Pizzi culminou na expulsão de Bah. Reduzidos a dez, os encarnados ficaram expostos e daí até o SC Braga empatar foi uma questão de minutos (cinco, mais concretamente).
Veja o lance
O melhor
Al Musrati: O médio internacional pela Líbia foi decisivo com dois golos: um durante o tempo regulamentar e outro no momento do desempate das grandes penalidades, quando assumiu a responsabilidade de bater o último pontapé. Exemplar na pressão exercida sobre o adversário e na distribuição de jogo no miolo.
O pior
Bah: A expulsão do dinamarquês teve impacto direto no jogo e advém de um lance aparentemente inofensivo, pelo que se esperava outra abordagem por parte do lateral. Noutra nota, Gonçalo Ramos regressou à competição, mas praticamente não apareceu no jogo: entrou no começo do segundo tempo... e saiu no começo do prolongamento.
As reações
Schmidt aceita o resultado e Otamendi fala em "sorte" nos penáltis
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