Na primeira parte a partida ainda teve emoção no que à incerteza no marcador diz respeito. Com o Sporting a chegar cedo à vantagem com um golo de Tiago Tomás, mas sem conseguir matar no primeiro tempo. Na segunda parte o jogo caiu de bandeja para o lado da equipa mais forte. Foi dia de dérbi bonito e histórico no Restelo, a fazer lembrar outros tempos. Bancadas pintalgadas de azul e verde. O cair da noite sob os holofotes do estádio, com o Tejo ao fundo. Nem Leonardo Da Vinci teria pensado num quadro tão bonito para representar o desporto-rei.
Dérbi de antigamente, mas com diferenças óbvias no que à capacidade de ambas as equipas. Três escalões separam o campeão do clube da cruz de cristo que mora no Campeonato de Portugal e almeja naturalmente outros patamares nos próximos anos.
Juventude, juventude e mais juventude. Uma equipa tenrinha de idade, esta do Sporting, mas madura em campo. Média de idades de 22 anos - dia de estreantes na equipa principal - no caso de João Virgínia e Gonçalo Esteves (ainda com 17 anos).
De um lado o esquema habitual de Amorim contra um Belenenses, na teoria fechado lá atrás, com uma linha de cinco. A estratégia de Nuno Oliveira desmoronou que nem um castelo de cartas já que o Sporting marcou logo aos dois minutos, com TT a abrir as hostilidades.
O leão foi para cima do adversário mal o árbitro apitou para o início da partida, naturalmente foi mais mandão, teve mais posse e situações. O grande obstáculo foi o guardião do Belenenses que impediu que os verdes e brancos fossem para o intervalo com uma vantagem mais folgada: Valverde foi um muro para os jogadores do Sporting. E quando não havia Valverde, havia desacerto, veja-se o falhanço de Feddal. Foi a meio da primeira parte que o Belenenses tentou dar um ar da sua graça, primeiro por Zé Pedro num remate de meia distância. Mas foi sempre o Sporting que esteve mais próximo do gol.
No segundo tempo, com os jogadores azuis incapazes de acompanhar o ritmo do campeão nacional, o Sporting 'matou' o jogo com o segundo golo de Tiago Tomás. As substituições trouxeram novo fulgor ao leão que chegou à goleada com mais dois golos, ambos de grande penalidade da autoria de Jovane e Nuno Santos.
Momento
Se o primeiro de Tiago Tomás desbloqueou o jogo, o segundo deu-lhe a machadada final, impedindo qualquer veleidade ao emblema do Campeonato de Portugal. Até porque um golo poderia chegar num lance fortuito ou num bola parada.
Melhores
Tiago Tomás
Foi a referência ofensiva que o Sporting precisava. Abriu o marcador cedo, o que mudou imediatamente o cariz do jogo, obrigando o Belenenses a abrir, mesmo com uma linha de cinco. Emendou da melhor forma um cruzamento de Rúben Vinagre. No segundo tempo, com um remate de cabeça deu tranquilidade ao leão.
Valverde
A grande figura do Belenenses. Na primeira parte deu oxigénio à equipa impedindo que o Sporting disparasse no marcador. Nada pôde fazer nos lance dos golos.
Daniel Bragança
Voltou a estar em bom plano assumindo a batuta do meio campo leonino na forma como canalizou o jogo ofensivo.
Rúben Vinagre
Grande primeira parte do ala, a querer fazer esquecer o jogo em falso frente ao Ajax. Forte nos duelos e enorme capacidade no momento de cruzar. Deu o primeiro a marcar a Tiago Tomás.
Pior
André Frias
Entrou na segunda parte e acabou por ser protagonista pelos piores motivos. Levou primeiro o cartão amarelo numa entrada muito dura sobre Porro que levou a que o espanhol tivesse que deixar o relvado de maca. Fez falta na área sobre Tiago Tomás e acabou expulso numa grande penalidade que viria a ser convertida por Nuno Santos.
Reações
Jogador e treinador d' Os Belenenses concordam: "Resultado dilatado pelo que foi o jogo"
Amorim tece rasgados elogios a vários jogadores. Tiago Tomás diz que podiam ter feito mais golos
Nota da redação: Foi feita uma correção no primeiro parágrafo.
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