Um encontro que valeu pela emoções dos últimos minutos e com o FC Porto a jogar com dez elementos em campo a partir do minuto 67, depois da expulsão (infantil) de Imbula. Mas o melhor mesmo ficaria reservado para o tempo extra.
Aos 94 minutos, o árbitro considerou carga de Martins Indi sobre Douglas Abner e apontou para a marca de grande penalidade. Douglas Abner, encarregue de bater a grande penalidade, permitiu uma boa defesa a Helton que assim assegurou a passagem dos Dragões às meias finais da Taça de Portugal.
Sem esperar, o guarda-redes brasileiro, utilizado na Taça de Portugal, acabaria por ser o herói deste encontro que contou com apenas um golo, apontado aos 26 minutos por Brahimi.
Com o desfecho do jogo, muitas serão as vozes que se farão ouvir no universo azul e branco, questionando a chegada do ‘dispendioso’ Iker Casillas, ele que chegou ao Dragão por intermédio de Julen Lopetegui, que já não faz parte do comando técnico.
"Tenho sempre confiança no nosso guarda-redes. Os grandes guarda-redes fazem a diferença nos momentos importantes. Estou muito contente com esta vitória e com o lugar nas meias-finais", afirmou Brahimi sobre como tinha visto a defesa da grande penalidade a partir do banco de suplentes. O argelino saiu aos 84 minutos para dar lugar a Rúben Neves.
Além deste final, fechado com luvas de ouro por parte de Helton, o encontro no Bessa, referente aos quartos de final, ficou ainda marcado pela agressividade. Enquanto a equipa do Boavista viu apenas um cartão amarelo (Nwofor), os portistas sairam do Bessa com cinco amarelos (Danilo Pereira, Marcano, Maxi Pereira, Helton e Martins Indi) e um vermelho.
Aos 57 minutos, os ânimos exaltaram-se no relvado, após um desentendimento entre Uche Nwofor e Danilo, depois de um encosto do médio portista em Rúben Ribeiro. O internacional português viu ainda um cartão amarelo. Pouco depois, a violência persistia e Imbula foi expulso com cartão vermelho direto depois de uma entrada dura, e escusada, sobre Gabriel.
Já nos últimos minutos, Uchebo teve tudo para empatar e levar o jogo para prolongamento, mas o avançado do Boavista, de baliza aberta, após desatenção de Helton, não conseguiu rematar da melhor forma e Martins Indi impede o golo certo em cima da linha.
"Os jogos com o Boavista são sempre difíceis, especialmente na Taça. Sabíamos que seria diferente do jogo do campeonato, o Boavista foi uma equipa mais presente, mais agressiva e intensa. Tínhamos de estar unidos e com espírito de sacrifício. No final valeu a pena", disse o treinador interino Rui Barros, que aproveitou para falar do seu futuro.
"O meu objetivo é servir o clube. Foram estes dois jogos, será o de Guimarães, depois veremos o futuro. Estou aqui para dar o meu melhor, a minha experiência e passar a mensagem. Acima de tudo, os jogadores querem honrar esta camisola", começou por dizer Rui Barros no flash interview da Sport TV.
O FC Porto, e principalmente Helton, consegue assim o bilhete para as meias-finais, composta por equipas nortenhas: Rio Ave, SC Braga e o surpreendente Gil Vicente, adversário dos azuis e brancos. As meias-finais, a duas mãos, começam a 03 de fevereiro.
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