Há, definitivamente, um novo 'menino bonito' para os lados da Luz. Escondido durante praticamente toda a primeira metade da época, o norueguês Andreas Schjelderup voltou a encantar os adeptos e a ser decisivo para o Benfica, na vitória da noite de terça-feira em Faro, que valeu o passaporte para os quartos de final da Taça, depois de o ter sido também na 'final four' da Taça da Liga.
Se em Leiria deu nas vistas contra o SC Braga, nas meias-finais, e marcou o golo das águias, na final, contra o Sporting, desta feita, em Faro, deu início à remontada de um Benfica até aí algo apático ao assinar um golaço.
No Estádio São Luís, a primeira parte não foi nada boa por parte das águias. Ameaçaram o golo na primeira jogada, mas sofreram um golo logo aos sete minutos, no seguimento de um canto, e praticamente não criaram mais lances de perigo para Ricardo Velho na baliza do Farense, vendo ainda Di María sair lesionado perto do intervalo.
Mas, no segundo tempo, tudo mudou a partir desse grande golo de Schjelderup, fruto de uma excelente jogada individual, em linha com o que tinha feito ante o Sporting. Estavam decorridos 56 minutos e no espaço de seis minutos, o Benfica iria sentenciar em definitivo o resultado. Arthur Cabral confirmou a cambalhota no marcador aos 58 e Alexander Bah arrumou a questão aos 62. A turma de Bruno Lage continua a sorrir num início de ano extremamente apertado a nível de calendário: seguem-se receções a Famalicão (sexta-feira, para a I Liga) e Barcelona (terça-feira, dia 21, para a Champions).
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O jogo: Voltaram as 'primeiras partes de avanço', mas seis minutos tudo mudaram
Muito se falou das 'primeiras partes de avanço' dadas pelo Benfica nas derrotas ante Sporting e SC Braga para o campeonato, antes de se desforrar de ambos na Taça da Liga. Mas, frente ao Farense, e apesar de até ter ficado perto de marcar por Di María logo a abrir, o Benfica voltou a realizar uma primeira parte muito pouco convincente.
Na sequência de um canto, logo aos 7 minutos, Tomané antecipou-se a António Silva e cabeceou para o fundo da baliza desta feita à guarda de Samuel Soares. A partir daí o Benfica quase não mais conseguiu ameaçar a baliza contrária até ao intervalo (um livre de ângulo apertado de Di María a testar a atenção de Ricardo Velho, guarda-redes da casa, foi a exceção.
E o arranque da segunda parte também não foi o melhor, com o Farense a assustar e a ameaçar o segundo, outra vez por Tomané. Valeram, aí, os reflexos de Samuel Soares e logo a seguir veio o golo de Schjelderup, numa jogada individual brilhante, culminada com um grande remate já dentro da área.
Carreras, com um grande passe, serviu, praticamente de seguida, Arthur Cabral para o brasileiro - titular no lugar de Pavlidis - dominar e finalizar com categoria, carimbando a cambalhota no marcador. Depois, um bom lance de entendimento entre Alexander Bah e Arthur Cabral acabou com o avançado a ver Ricardo Velho negar-lhe o golo e Bah a marcar na recarga. Aos 62 minutos o Benfica fazia o 3-1, dando por completo a volta aos acontecimentos. A história do jogo estava contada.
O momento: (mais) um belo golo de Schjelderup
Minuto 56 da visita do Benfica a Faro para a Taça de Portugal. Com as águias a perderem por 1-0, Schjelderup voltou a mostrar o que vale, assinando um golaço. Passe de Leandro Barreiro, o norueguês fletiu da esquerda para o meio e, já dentro da área, desferiu um remate fulminante que só parou no fundo das redes, empatando a partida e lançando a águias para a reviravolta.
O melhor: Schjelderup, pois claro
Jogou 144 minutos até dezembro, divididos por 11 jogos como suplente utilizado, marcando um golo. Só por uma vez (contra o Pevidém para a Taça) tinha jogado mais do que 25 minutos de um jogo esta época. E, de repente, ao fim de 14 dias em 2025, já soma no novo ano 184 minutos e dois golos, em três jogos. Andreas Schjelderup está, definitivamente, a afirmar-se no Benfica. Foi uma das figuras da conquista da Taça da Liga e deu seguimento a essas boas exibições com mais uma atuação decisiva e de grande nível contra o Farense, coroada com um grande golo.
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