Pouco mais de 72 horas depois de golear o Estoril por 5-1 para a I Liga, o Benfica voltou a vencer no terreno do conjunto canarinho, agora para a Taça de Portugal. O triunfo valeu o carimbar do passaporte das águias para os oitavos de final da prova, mas o jogo foi bem diferente do anterior.

Se, há três dias, as águias tinham marcado por cinco vezes (antes de sofrerem um golo já mesmo ao cair do pano) e ao intervalo já venciam por 3-0, desta feita os primeiros 45 minutos chegaram ao fim com o nulo a persistir no marcador e o Benfica acabou por marcar apenas por uma vez, a meio do segundo tempo, numa altura em que o Estoril já estava reduzido a dez jogadores.

O golo, curiosamente, foi assinado por David Neres, o único dos jogadores lançados por Roger Schmidt no onze inicial que não tinha alinhado de início no encontro para a I Liga.

Com menos brilho e menos intensidade por parte do Benfica (a lembrar que já havia acontecido na anterior ronda da Taça, ante o Caldas), a verdade, porém, é que os encarnados somaram mais uma vitória: e já lá vão 20 esta temporada, em 24 jogos ainda sem conhecer o sabor da derrota...

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O jogo: Vermelho de Geraldes e bicicleta de Neres ditaram resultado

Fiel aos seus princípios (o alemão já mostrou que não muito fã de rodar o plantel), Roger Schmidt só mudou, então, uma 'pedra' no onze inicial que tinha entrado em  campo no António Coimbra da Mota no jogo anterior, com Neres titular no lugar de Chiquinho. Do outro lado, Nelson Veríssimo pode contar com quatro jogadores que tinham estado indisponíveis domingo e trocou, ao todo, sete jogadores na sua equipa titular.

O encontro começou equilibrado e sem grandes lances de perigo até que Grimaldo beneficiou de um daqueles livres que, para ele, são meio golo. Só que desta vez a bola bateu na trave. Ainda assim, foi o mote para um Benfica mais dominador a partir daí. Rafa desperdiçou uma oportunidade flagrante minutos mais tarde e António Silva (que havia bisado domingo) e Musa também ameaçaram, mas não houve golos nos primeiros 45 minutos.

O primeiro lance marcante do jogo, contudo, surgiria logo a abrir o segundo tempo: Neres, com um excelente passe, desmarcou Rafa e este, depois de uma fantástica receção, parecia pronto para arrancar isolado rumo à grande área do Estoril antes de ser derrubado por Francisco Geraldes. O árbitro do encontro, Fábio Veríssimo, considerou que o médio tinha cortado em falta um lance de possível golo e não hesitou em mostrar-lhe o cartão vermelho direto.

No consequente livre, Grimaldo voltou a estar muito perto de marcar e nos minutos que se seguiram o Benfica acercou-se da grande área contrária, criando várias oportunidades de golo. A bola, contudo, teimava em não entrar. Em superioridade numérica, Roger Schmidt manteve-se fiel ao seu esquema, preferindo não arriscar muito e trocou avançado por avançado (Henrique Araújo entrou para o lugar de Musa). Logo depois, o Benfica marcou: Dani Figueira, que tão bem tinha estado até então na baliza do Estoril (depois de ter cumprido castigo no domingo), abordou mal uma saída a soco e a bola sobrou para David Neres que, de costas para a baliza, num acrobático remate de bicicleta, atirou a contar.

Em vantagem no marcador e no número de homens em campo, o Benfica voltou a desacelerar, não criou mais reais situações de golo e até foi o Estoril, mesmo com dez, a ameaçar o empate, pelo recém-entrado Gonçalo Esteves, num remate enrolado que Vlachidimos defendeu com alguma dificuldade.

O momento: expulsão de Francisco Geraldes

Decorria o minuto 47 quando David Neres desmarcou Rafa e o atacante português, com uma excelente receção de bola, parecia destinado a isolar-se rumo à baliza do Estoril, mas acabou travado por Francisco Geraldes. Fábio Veríssimo não hesitou e exibiu o cartão vermelho direto ao médio da equipa da casa.

O melhor: David Neres num nível acima

Regressou à titularidade e foi decisivo. O extremo brasileiro foi - numa exibição mais apagada o que vem sendo hábito do Benfica de Roger Schmidt - dos que mais criatividade tentou oferecer à equipa ao longo do encontro. Esteve em grande parte dos lances de maior perigo das águias e marcou o único golo do encontro, num remate que mostra toda a sua qualidade. Foi o seu sétimo golo de águia ao peito.

O pior: com dez fica mais difícil

O Estoril estava a conseguir suster o Benfica e, amiúde, até estava a conseguir chegar junto da grande área contrária. Só que acabou traído pelo lance da expulsão de Francisco Geraldes. O Benfica aproveitou os minutos que se seguiram para intensificar a pressão e o golo das águias acabou mesmo por surgir, com os canarinhos reduzidos a dez.

As reações

- Roger Schmidt fala em momentos "muito bons" e Florentino contente com o resultado
- Nélson Veríssimo viu outro jogo depois da expulsão e João Carvalho diz que a equipa dignificou a camisola

O resumo

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