O Benfica assegurou a presença nas meias-finais da Taça de Portugal de futebol, após triunfo confortável diante do Belenenses SAD, por 3-0, discutindo o acesso à final com o Estoril Praia, da II Liga.
Os golos de Darwin, aos 32, e de Rafa, aos 36, colocaram o Benfica em boa posição para garantir o apuramento, sentenciado na segunda parte com o golo de Cervi, aos 71, que se pode ter despedido do clube da Luz com ‘chave de ouro’.
Com o adjunto João de Deus a ocupar o lugar do treinador Jorge Jesus, infetado com COVID-19, o Benfica fez regressar às escolhas iniciais Gilberto, Vertonghen, Grimaldo, Gabriel e Waldschmidt, após recuperarem de infeções pelo coronavírus responsável pela pandemia de covid-19, assim como Taarabt, suplente utilizado no último jogo.
Vitória tranquila começou a ser montada na primeira parte
As ‘águias’ dispuseram de mais iniciativa num início de jogo lento, mas foi conseguindo encontrar brechas na defesa ‘azul’, deixando o primeiro alerta aos 12 minutos, num ataque rápido iniciado por Rafa, no qual Darwin segurou dentro de área e tentou devolver ao colega, que não chegou ao cabeceamento por centímetros.
O Belenenses SAD, que contou com os retornos de André Moreira à baliza e de Henrique, após castigo, ao centro da defesa, além de Sithole no ‘miolo’, respondeu no minuto seguinte, em superioridade numérica perante a defesa benfiquista, mas Cassierra quis fazer tudo sozinho e disparou à figura de Svilar, num momento em que o jogo ganhava alguma vivacidade.
A formação da casa não mais deixou o Belenenses SAD ameaçar a sua baliza e procurou o golo com um remate de Darwin, aos 15, a obrigar André Moreira a uma boa intervenção, e num lance em que Waldschmidt, em excelente posição, ‘adormeceu’ na cara do guarda-redes e acabou intercetado por Tomás Ribeiro, antes de a partida perder um pouco de fulgor.
O primeiro golo do Benfica, aos 32, voltou a animar o jogo, num lance caricato. Gonçalo Silva, de cabeça, atrasou curto para André Moreira, perante a pressão de Darwin, que condicionou a abordagem do guarda-redes e, com muita sorte à mistura, viu a bola tabelar nos dois adversários e ir ter consigo, com a baliza escancarada à sua mercê.
Desfeito o nulo, o Benfica impediu o Belenenses SAD de se refazer do golo sofrido e voltou a marcar aos 36, por Rafa, veloz a encostar um cabeceamento de Jardel, em resposta a um canto batido por Grimaldo, que tinha sido conquistado depois de um remate em arco do extremo português, desviado por cima.
Segunda parte mais tranquila, marcada pelo golo da despedida de Cervi
Trocas diretas nos dois conjuntos - Pizzi no lugar de Waldschmidt e Bruno Ramires por Afonso Taira - deram o mote para uma segunda parte jogada quase a ritmo de treino, praticamente sem aproximações de relevo às balizas, à exceção de um remate muito por cima de Darwin, de primeira, precedido de posição irregular de Pizzi, na assistência.
O Momento e Figura do Jogo
A enorme apatia foi quebrada com o terceiro tento dos ‘encarnados’, apontado por Cervi, a ‘picar’ a bola por cima de André Moreira, num gesto de classe que concluiu uma belíssima jogada individual de Rafa, que arrancou pelo flanco direito, fletiu para o meio e encontrou o argentino no meio dos centrais do Belenenses SAD.
A perder 3-0, Petit arriscou mais um pouco com as entradas de Danny Henriques para o meio-campo e de Dieguinho (em estreia esta temporada) para o ataque, mas sem abdicar da linha defensiva com cinco elementos, com o extremo Francisco Teixeira a substituir Rúben Lima na ala esquerda.
Contudo, as alterações não tiveram efeitos práticos e o jogo prosseguiu com o Benfica confortável a trocar a bola e o Belenenses SAD resignado à eliminação, tendo ainda visto Tomás Ribeiro a travar, já na pequena área, um remate de Chiquinho, perto do fim.
As vozes dos protagonistas
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