Os adeptos do Vitória de Guimarães, que estimam estar em maioria no Estádio do Jamor, na final da Taça de Portugal de futebol que disputam este domingo com o FC Porto, partiram bem cedo e com o moral em alta.
"O último a sair feche a porta”, lê-se numa tarja colocada num viaduto à saída de Guimarães, anunciando uma “invasão” de vimaranenses ao Estádio Nacional e à mata que o circunda, onde vai ter lugar um «mega piquenique com os melhores adeptos do mundo», contou à agência Lusa António Lopes, presidente da Associação Amigos do Vitória.
Só este grupo de adeptos organizou a partida de 32 dos 160 autocarros que vão partir de Guimarães, num total de 9 mil adeptos com viagem marcada para Oeiras, por este meio de transporte.
«Fizemos uma pesquisa com o Vitória de Guimarães e devemos ter cerca de 17 mil pessoas no Estádio do Jamor, muito mais que os 12.500 oficiais porque o clube conseguiu mais mil bilhetes da Associação de Futebol (AF) de Lisboa, 1.500 da AF Braga e mais dois mil convites distribuídos pelos patrocinadores. Vamos ter mais adeptos que o FC Porto e mais autocarros», assegurou.
António Lopes viu pessoas a trazerem guarda-sóis, mesas, sofás de esferovite, além das indispensáveis lancheiras com os farnéis e, por isso, espera «uma festa incrível».
«Vai fazer-se um piquenique como nunca se viu. O Jamor vai estar pintadinho de branco e vai ser um verdadeiro mar de gente», antevê.
Às 07h00, bem no centro de Guimarães, Carmo e Fábio esperam o embarque no autocarro que os levará ao Jamor e partem com prognósticos optimistas, a mãe espera um triunfo por 1-0 e o filho por 2-1.
«Vai ser um excelente jogo e o Vitória vai fazer tudo por tudo para trazer a Taça que seria um grande orgulho e é o que todos querem há muitos anos. Mas ganhe ou não, vai ser uma festa, os vitorianos são sempre assim, estão sempre com o clube», explicou Carmo.
José Lima é um adepto especial: «Sou sócio há 50 anos e vivo há mais de 40 em Braga, mas apesar de lá morar, o Braga não me diz nada. Amo a minha terra e venho sempre ver o meu clube».
É a quarta final da Taça de Portugal que vai assistir e espera «ter mais sorte desta vez», porque perdeu sempre nas anteriores.
«Já sabemos que o Porto é melhor, mas há sempre uma esperança, senão não valia a pena fazer o jogo. O Vitória pode aproveitar o cansaço do Porto e é preciso ter alguma sorte», frisou.
António Lopes diz respeitar «a força e as capacidades do Porto», mas garante que o Vitória tem «uma palavra a dizer» e deve aproveitar a grande motivação dos seus jogadores e a eventual fadiga da equipa portista, rematando: «É bem possível vencermos este jogo, vamos fazer história».
Já João Duarte arrisca um triunfo por 2-0, com golos do «patinho feio dos adeptos, o Edgar».
«Temos consciência de que vai ser difícil e que o Porto é favorito, mas é um jogo de motivação para o Vitória e nem sempre o melhor ganha. A nossa esperança é que o Vitória tenha uma tarde inspirada e o Porto esteja mal», desejou.
A final está marcada para as 17h00 e vai ser arbitrada por João Ferreira, de Setúbal.
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