O presidente do Gil Vicente admitiu hoje à Lusa a possibilidade de o conjunto de Barcelos faltar ao encontro de sábado com o Benfica, da Taça da Liga de futebol, por este ter sido transferido para o Restelo.
António Fiúza ainda não tomou nenhuma decisão sobre a presença ou não da equipa de futebol em Lisboa, pois primeiro vai reunir-se com o Departamento Jurídico do clube para “ver se existe matéria que justifique a falta de comparência ao jogo”.
O líder do emblema de Barcelos acha “lamentável” só ter tomado conhecimento da alteração do local do jogo pela comunicação social, já que o clube apenas foi notificado pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional ao final da tarde de terça-feira.
“Foi uma indelicadeza”, frisou António Fiúza, lamentando também à Lusa a escolha do Restelo: “Marcarem o jogo logo para o estádio de um clube com quem nós nem temos relações, devido ao caso Mateus. Porque não o Estádio Nacional”, questionou.
O presidente gilista diz-se “sentido e triste” e salienta que “os clubes pequenos não são carne para canhão” e “merecem respeito”.
“Enquanto eu for presidente do Gil Vicente, exigirei que o clube seja respeitado, pois se fosse ao contrário certamente também não gostariam”, finalizou António Fiúza.
Na terça-feira, o Benfica e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciaram que os “encarnados” vão receber o Gil Vicente no Estádio do Restelo, em Lisboa, no próximo sábado, na terceira jornada do Grupo D da Taça da Liga, devido à recuperação do relvado da Luz.
Em comunicado, a LPFP autorizou a mudança de campo, apresentando a fundamentação do Benfica, que alegou o uso no relvado de fitofármacos “nocivos à saúde, quando inalados ou em contacto com a pele”.
Na segunda-feira, o Benfica anunciou que o relvado do seu estádio ia ser objeto de “uma intervenção de choque” devido às más condições climatéricas e ao excesso de jogos nas últimas semanas.
“Em função das más condições climatéricas registadas nas últimas semanas e do calendário intensivo desde que foi colocado o novo relvado no Estádio da Luz – realizaram-se quatro jogos num período de 15 dias –, o Benfica decidiu, em coordenação com a empresa responsável pelo tratamento da relva, que se fizesse uma intervenção de choque no ‘tapete’ de jogo, tendo-se iniciado já esta segunda-feira estes trabalhos”, explicava o comunicado.
No passado domingo, após o Benfica-Marítimo, que a equipa da casa venceu por 2-0, o treinador dos insulares, Pedro Martins, queixou-se do estado do "tapete" do encontro.
O Benfica anunciou a 20 de dezembro que tinha concluído os trabalhos de substituição do relvado do Estádio da Luz, que duraram quatro dias.
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