O diretor do departamento clínico do Sporting, João Pedro Araújo, revelou no final da tarde de segunda-feira que Nuno Mendes e Sporar, que estavam supostamente infetados com COVID-19, eram afinal falsos positivos.
"Ambos os atletas testaram positivo na passada quarta-feira, no teste PCR que antecedeu a jornada 14 da I Liga. O Sporting sempre cumpriu e cumprirá os planos de testagem protocolados, tendo até implementado medidas adicionais, com a introdução de rastreios internos, com testes rápidos. Em virtude da dissonância dos testes realizados internamente e os testes PCR, foram realizados mais dois testes PCR em outros dois outros laboratórios distintos, dia 15 e dia 16. Ambos os resultados foram negativos, pelo que se pode concluir, que os resultados que antecederam a partida com o Rio Ave foram falsos positivos", referiu.
Um comunicado que fez, desde logo, estalar a polémica. Citado pelo jornal 'O Jogo', Maia Gonçalves, o diretor clínico da UNILABS, laboratório responsável pela realização dos referidos testes, garantiu não haver "nenhuma assunção de erro, porque não há erro".
"Assinei os testes como positivos. Tudo o que se passou depois daí não faço ideia. Não fomos contactados", revelou em declarações àquele jornal. "O controlo epidemiológico é tão importante que quando sai o resultado, entra logo na base de dados. Quando há erro numa análise, há a obrigatoriedade de uma declaração num formulário da DGS, o SINAV LAB. Quando um laboratório comete um erro tem de pedir à DGS para alterar. Não houve nenhum pedido de alteração na base de dados para os casos do Sporting que declaramos como positivos", explicou, ainda citado pelo jornal 'O Jogo'.
"O Sporting tem feito os testes connosco. Sei que foram positivos e depois foram fazer testes noutros laboratórios distintos. Da nossa parte não há nenhuma assunção de erro, porque não há erro", reforçou ainda Maia Gonçalves. "Os problemas que há não são das colheitas. O teste tem uma sensibilidade à volta dos 90%. Há 10% de falsos negativos e há 2/3% de falsos positivos. Os testes nunca têm fiabilidade de 100%. Na medicina, só o raio-x tem 100% de fiabilidade", terminou, ainda em declarações à mesma publicação.
Porém, esta terça-feira o jornal 'Record' vem acrescentar novos dados a todo o processo, citando mesmo uma comunicação entre o Sporting e a UNILABS a que diz ter tido acesso, assinada pelo próprio António Maia Gonçalves. Nela, segundo o 'Record', o diretor médico daquele laboratório admite que os testes de Nuno Mendes e Sporar foram falsos positivos. "Assumiu-se por isso clinica e laboratorialmente que se trataram de falsos positivos, num trabalho conjunto entre as equipas clínicas do Sporting CP, da Unilabs e com a DGS", pode ler-se no documento em causa, escreve aquela publicação.
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