O Benfica venceu, este sábado, o Sporting em Leiria nas grandes penalidades e conquistou a oitava Taça da Liga da sua história. Depois de um empate no final do tempo regulamentar (1-1), na última grande penalidade, Florentino converteu e Trincão não conseguiu bater Trubin (7-6). As águias não venciam este troféu desde 15/16.

Noite de chuva miudinha em Leiria, e duas equipas com um só pensamento, juntar mais uma Taça da Liga ao seu palmarés. A equipa de Bruno Lage procurava voltar a replicar a exibição de gala após uma meia-final de luxo frente ao SC Braga. Os leões tinha vencido a outra meia-final frente ao FC Porto, mas eram uma equipa que se apresentava com baixas importantes, nomeadamente Morita e Matheus Reis, frente a uma equipa encarnada na máxima força.

Como equipa que brilha não se mexe, manteve-se tudo na mesma no onze encarnado em relação à última partida frente ao SC Braga, com Schjelderup à esquerda do ataque e António Silva no centro da defesa. Do lado dos verdes e brancos, Rui Borges trocou três pedras, com a entrada de Maxi Araújo para a posição de lateral esquerdo, Quaresma entrou para a direita, no lugar de Fresneda, e João Simões juntou-se a Hjulmand no miolo.

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Esquema habitual do Benfica, com Pavlidis como homem mais adiantado, frente ao 4-2-3-1 dos leões, Gyokeres era o homem de referência, desta feita sem apoio tão próximo de Trincão. A primeira parte da final deixou literalmente água na boca, tantas que foram as incursões de ambas as equipas na primeira parte. Um jogo intenso, de parada e resposta, dando a sensação que o golo poderia surgir em ambas as balizas.

O que mais se poderia pedir a um dérbi? Quenda foi o primeiro a dar o primeiro aviso, num remate desviado. Respondeu de seguida o Benfica, com um pontapé que Israel encaixou.

A primeira situação de perigo do jogo chegou à passagem do minuto 14. Transição de qualidade do Sporting, e João Simões deixou para o disparo de Quenda, e só Trubin impediu que os verdes e brancos inaugurassem o marcador.

Uma partida tão dividida só poderia ser desbloqueada num lance individual: Jogada de Di María, a deixar em Schjelderup. O norueguês temporizou, fez a diagonal e atirou para o fundo da baliza, num golaço do jogador norueguês do Benfica.

O Sporting não se escolheu face à desvantagem e contou com dois lances para empatar a partida. Primeiro Gyokeres funcionou como pivot, deixou em Quenda que disparou ligeiramente ao lado. Por outro lado, o Benfica também desperdiçava, com Pavlidis, na sequência de uma bola parada, a disparar de cabeça quando tinha espaço para fazer muito melhor.

Em novo contra-ataque dos verdes e brancos, Quaresma arrancou na direita, passou por um adversário, mas optou pelo disparo em vez de endossar para a finalização de Gyokeres. Só que o Sporting tanto tentou que acabou por chegar ao empate ainda antes do final da primeira parte. João Pinheiro não teve dúvidas e assinalou grande penalidade, depois de um toque de Florentino sobre Maxi Araújo. Na conversão, o homem do costume disparou para o centro, Trubin lançou-se, mas não conseguiu evitar o golo do sueco.

A primeira parte deixava água na boca, tantas que foram as situações, e jogadas de perigo na área. No segundo tempo, a toada foi outra, com um jogo de novo caótico, mas sem grandes oportunidades. O Benfica entrou a pressionar alto, a dificultar a construção do Sporting desde trás.

Ao contrário da vertigem da primeira parte, os dois conjuntos mostravam-se mais calculistas, e a atacarem mais pela certa. As águias tinham mais bola, mas com os leões a tentarem furar através das transições.

Benfica e Sporting juntavam linhas, os espaços encurtavam, e a estratégia passava por apostar na meia distância. Di María tentou dar de novo vantagem ao Benfica, num disparo de fora da área, com Israel a aplicar-se da melhor forma.

Para os minutos finais, os treinadores mexeram: Borges lançou Debast para o lugar de João Simões no meio campo, com o central de raiz a juntar-se à dupla mais recuada no momento de construção. Harder também foi lançado para o ataque, para a saída de Geny Catamo, que passou de forma muito discreta pelo dérbi. Lage apostou em Amdouni, para o lugar de Pavlidis, lançou Bah, para o lugar de Tomás Araújo. No meio campo, Renato Sanches foi lançado para o lugar de Kokçu.

Face ao empate no final do tempo regulamentar, o vencedor iria ser encontrado através do desempate por grandes penalidades e aí nesse capítulo o Benfica acabou por ser mais forte. Na sétima grande penalidade, depois de 100% de eficácia nas conversões, Florentino marcou para o Benfica e Trincão permitiu a defesa de Trubin. Com este triunfo, o Benfica conquistou a oitava Taça da Liga da sua história.