O Benfica venceu esta quarta-feira o SC Braga por 3-0, em jogo das meias-finais da Taça da Liga. Os golos encarnados surgiram todos na primeira parte, dois de Di María e um de Álvaro Carreras, selando uma vitória tranquila perante um SC Braga que nunca conseguiu discutir a partida, mostrando muitas dificuldades para contrariar a agressividade e pressão intensas do adversário.

Os comandados de Bruno Lage marcam assim presença na final do próximo sábado, onde vão encontrar o rival Sporting, na reedição da final da temporada 2021/22.

Mar vermelho

Para este encontro, Bruno Lage fez três alterações relativamente à equipa que começou o jogo da Luz. António Silva, Florentino e Schjelderup entraram para os lugares de Bah, Leandro Barreiro e Akturkoglu. A saída do lateral dinamarquês levou Tomás Araújo para o lado direito da defesa, deixando António Silva a fazer dupla com Otamendi no eixo central.

Do lado do SC Braga, Carlos Carvalhal fez apenas uma mudança no onze, promovendo a titularidade de João Ferreira no trio de centrais, em detrimento do lesionado Niakaté.

Foram as águias que entraram melhor no encontro, pressionando os bracarenses logo à saída da sua grande área, impedindo qualquer saída para o ataque. A boa entrada do Benfica quase que era recompensada logo aos 5 minutos quando Tomás Araújo cabeceou à barra após canto na esquerda.

Poucos minutos depois foi Di María a ficar perto do golo, mas o remate do argentino, já dentro da área, esbarrou em Adrian Marín. Os encarnados dominavam por completo, perante um SC Braga com muitas dificuldades em ligar o seu jogo e sair para o ataque.

O avançar do relógio não trazia novidades, o jogo era de sentido único e Trubin um mero espetador. Lá à frente, Carreras tentou mostrar aos avançados como se faz, tirando vários adversários do caminho até rematar para defesa atenta de Matheus.

A supremacia encarnada acabou mesmo por se materializar em golo à passagem do minuto 27; boa jogada pela direita com Tomás Araújo a combinar com Di María que, após tirar dois adversários do caminho, atirou para o fundo das redes de Matheus.

Contudo, as águias não se ficaram por aqui e, no minuto seguinte, Álvaro Carreras surgiu sozinho à entrada da área, rematando forte para o segundo golo dos benfiquistas que, no espaço de um minuto, ganhavam uma vantagem de dois golos.

A partir daí o SC Braga foi obrigado subir mais no terreno; os homens de Carvalhal passaram a ter mais bola, ameaçando a área benfiquista. Contudo, esse maior pendor ofensivo acabou por custar caro aos minhotos; 37 minutos e Pavlidis consegue isolar-se pela esquerda e serve Di María que, na cara de Matheus, fez o terceiro do Benfica.

A vantagem dos encarnados ao intervalo era dilatada, mas justificava-se por completo, tal foi o domínio benfiquista nos primeiros 45 minutos.

Vira o disco e toca o mesmo

Como seria de esperar, e perante tamanha desvantagem, Carlos Carvalhal mexeu no SC Braga ao intervalo, lançando Roger e Diego para os lugares de Ricardo Horta e Gabri Martínez. Estas alterações levaram também a mudanças no sistema tático, com os minhotos a passarem para uma linha de quatro na defesa.

Os minhotos conseguiram nos primeiros minutos aquilo não conseguiram ao longo de toda a primeira parte: criar perigo; boa saída pela esquerda e Roger, já dentro da área, a desperdiçar uma boa oportunidade para o Braga reduzir. A oportunidade foi boa, mas não tão clamorosa como a que Schjelderup falhou pouco depois; isolado, e após tirar Matheus do caminho, o jovem nórdico fez o mais difícil e rematou contra João Ferreira.

Apesar da tentativa de reação bracarenses, cedo se percebeu que a toada da partida não mudaria de sobremaneira. Com efeito, o Benfica mostrou estar sempre com o controlo das operações, podendo dar-se ao luxo de baixar um pouco o ritmo e até conceder mais iniciativa ao adversário.

Mas tal não significa que os encarnados deixaram de procurar a baliza adversária; exemplo é o remate muito perigoso de Pavlidis aos 56 minutos, após boa iniciativa individual.

Até final as oportunidades de golo foram todas do Benfica, que passou a jogar em superioridade numérica a partir do minuto 78, altura em que Jonatás Noro, que havia entrado apenas cinco minutos antes, viu o cartão vermelho direto após entrada imprudente sobre Carreras, após Cláudio Pereira ter sido alertado pelo VAR.

Com esta vitória, o Benfica volta à final da Taça da Liga, três anos após a sua última presença, precisamente diante do Sporting, adversário das águias no próximo sábado.