O Benfica é o primeiro finalista da Taça da Liga. Os encarnados venceram o Boavista nas grandes penalidades (3-2), depois de um empate (1-1) no final do tempo regulamentar. Julien Weigl transformou o penalti decisivo que coloca os encarnados na final da competição.
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Estava aí a primeira meia-final da Taça da Liga no Magalhães Pessoa em Leiria e com o imponente Castelo como pano de fundo. Iam assim descortinar-se as equipas que vão discutir o título de campeão de inverno no próximo sábado no mesmo palco. De um lado o Benfica, recordista na competição com sete títulos alcançados e à procura de atingir um dos objetivos da temporada. O Boavista na sua primeira meia-final na competição, procurava a sua primeira final na prova e fazer história.
Em 21/22, as duas equipas já se tinham defrontado esta temporada para a Liga, na 6.ª jornada. Do confronto resultou uma vitória dos encarnados por 3-1
As equipas
Para o duelo frente ao Boavista, Nélson Veríssimo fez três alterações em relação ao embate frente ao Arouca. Darwin e Otamendi (chamados para compromissos internacionais) e Rafa (testou positivo à COVID-19) saíram do onze. Entraram Morato, Diogo Gonçalves e Everton na equipa encarnada. Do lado dos axadrezados saíram Jackson Poroso, Reggie Cannon e Ntep do onze e entraram Felipe Ferreira, Luís Santos e Gorré.
O Filme de Jogo
A nível tático, o Benfica iniciou o jogo em 4-3-3, com Everton na esquerda, Diogo Gonçalves na direita e com Yaremchuk como homem mais adiantado. O Boavista de Petit, com uma defesa a três (Nathan, Abascal e Felipe Ferreira), e com Gorré e Sauer no apoio a Musa.
O primeiro sinal de perigo do jogo surgiu num lance que teve Sauer como protagonista, viria a sê-lo mais à frente no jogo, mas já lá vamos. Pontapé fraco, fácil para Vlachodimos. Mas nos primeiros minutos, o Benfica começou a pegar no jogo, com a equipa lisboeta muito forte nos duelos e nas tabelas, tentando dessa forma desmontar a capacidade defensiva da equipa de Petit.
Ao minuto 6´, João Mário quase aproveitava uma falha de Nathan. O centrocampista por pouco não conseguiu emendar para a baliza. Ao minuto 8´, novo ameaço para a equipa que se apresentava até ali mais esclarecida em campo. Jogada de entendimento dos encarnados. Everton deixou em Diogo Gonçalves que endossou em Yaremchuk, com o avançado a atirar para a defesa de Bracali. Na recarga, o jogador brasileiro defendeu o remate de João Mário.
A agressividade do Benfica sobre a bola compensou e à passagem do minuto 15 chegou à vantagem. Nathan e Felipe Ferreira perderam a bola em zona proibida, Everton recuperou e num forte remate fez o primeiro da partida. A vantagem justificava-se com o Benfica mais forte sobre o terreno de jogo, mas foi a partir do golo encarnado que a ‘pantera’ quis mostrar as garras. Numa fase inicial, sem grande capacidade de desestruturar a defensiva encarnada, fazia-se valer da meia-distância. As tentativas de Gorré e Hamache não acertaram na baliza. Musa ainda acertou no alvo mas sem problemas para Vlachodimos.
Com o Boavista balanceado no ataque, o Benfica podia ter dilatado a vantagem. Mais uma jogada de cabeça, tronco e membros da equipa de Nelson Veríssimo. Grande lance de Diogo Gonçalves, a passar por um adversário e depois a cruzar, Yaremchuk falhou o desvio e Cebolinha atirou por cima.
Com o Boavista sem oportunidades claras e com o Benfica a aproveitar uma das oportunidades de que dispôs, numa ‘oferta dos boavisteiros’, aceitava-se assim a vantagem encarnada ao intervalo. No segundo tempo, a toada mudou, com o Boavista a subir linhas e a aparecer com outra cara à procura do golo do empate. E que melhor podia acontecer aos axadrezados do que chegar ao empate nos primeiros minutos do segundo tempo. Morato derrubou Musa na área, e foi assinalada grande penalidade. Na conversão, Gustavo Sauer não deu hipóteses a Vlachodimos, numa bomba do médio das panteras.
Com o golo do Boavista e com a equipa a perder acutilância, Nélson Veríssimo mexeu lançando Diogo Gonçalves e Paulo Bernardo, alterando a estrutura tática com dois homens na frente. Os axadrezados estiveram perto de dar a volta ao marcador e Musa à meia-volta permitiu a defesa do guardião do Benfica. De seguida, Vlachodimos negou o golo a Musa.
Os adeptos do Boavista tentavam empurrar a equipa para a frente, já que sentiam que o conjunto portista poderia causar uma surpresa. Ao minuto 70´, Gorré dispôs de excelente oportunidade, mas atirou ao lado. Com o jogo a abrir-se, do outro lado falhou Yaremchuk. Depois de um cruzamento de João Mário, o ucraniano atirou para ao lado.
Para os últimos minutos, tanto Petit como Veríssimo mexeram. Bracali ainda parou um pontapé de Pizzi, mas a primeira final da Taça da Liga iria ser mesmo decidida da marca das grandes penalidades.
Na decisão, os encarnados mostraram-se mais certeiros e inspirados: Sebastián Pérez, Musa e de Santis falharam para os boavisteiros. Pizzi e Verthonghen não conseguiram converter do lado dos encarnados. Grimaldo, Meité e Weigl marcaram as grandes penalidades do Benfica. Abascal e Hamache fizeram os tentos dos axadrezados. Acabou por ser o jogador alemão a colocar os encarnados na final da competição.
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