O FC Porto tem maioria absoluta na Supertaça Cândido Oliveira em futebol, ao somar mais troféus (22) do que todos os outros clubes juntos (21), em vésperas de uma 44.ª edição que parece destinado a conquistar.
A Supertaça, criada em 1978/79, é, aliás, a única prova portuguesa cujo ‘ranking’ é liderada pelos ‘azuis e brancos’, com mais 13 cetros do que o Sporting, que ganhou o nono em 2021 (2-1 ao Sporting de Braga), e 14 face ao Benfica.
Os ‘dragões’ também são a equipa com mais presenças (31), jogos (55), vitórias (27) e golos marcados (70), liderando ainda nos empates (14). Só ‘perdem’, para as ‘águias’, nas derrotas (14 contra 17) e nos golos sofridos (43 contra 44).
Destaque ainda para o recorde de cinco triunfos seguidos, entre 2009 e 2013, com triunfos sobre Paços de Ferreira (2-0, em 2009), Benfica (2-0, em 2010), Vitória de Guimarães (2-1, em 2011, e 3-0 em 2013) e Académica (1-0, em 2012).
Já depois deste ciclo, os ‘dragões’ somaram mais dois triunfos, já liderados por Sérgio Conceição, ao baterem o Desportivo das Aves por 3-1, em 2018, e o Benfica por 2-0, em 2020, este último em 23 de dezembro de 2020, num embate disputado à porta fechada, devido à pandemia da covid-19.
Metade das 22 conquistas dos ‘azuis e brancos’ aconteceram, aliás, face aos ‘encarnados’, em apenas 12 ‘duelos’, o que significa que só perderam uma vez face aos rivais lisboetas, em 1985, na edição correspondente à época 1984/85.
O Vitória de Guimarães foi a outra equipa face à qual o FC Porto também ganhou mais do que uma vez, em 2011 e 2013.
Os ‘dragões’ bateram ainda Estrela da Amadora (edição de 1989/90), Sporting de Braga (1997/98), Beira-Mar (1998/99), Boavista (2000/01), União de Leiria (2002/03), Vitória de Setúbal (2005/06), Paços de Ferreira (2008/09), Académica (2011/12) e Desportivo da Aves (2017/18).
Em termos individuais, os recordistas também pertencem ao FC Porto: o lateral direito João Pinto é o jogador com mais troféus (oito), enquanto Artur Jorge, treinador que arrebatou a prova em três ocasiões, poderá ser igualado no sábado por Sérgio Conceição.
O segundo lugar do ‘ranking’ de vencedores pertence, com nove troféus, ao Sporting, que deixou o Benfica para trás na época transata, ao abrir a época com um triunfo por 2-1 sobre o Sporting de Braga, selado por Jovane Cabral e Pedro Gonçalves, após o tento inicial de Fransérgio.
Além deste triunfo, os ‘leões’ superam duas vezes o Benfica (edições de 1986/87 e 2014/15), quatro o FC Porto (1994/95, 1999/00, 2006/07 e 2007/08), em quatro duelos, e venceram ainda uma primeira vez o Sporting de Braga (1981/82) e, com Cristiano Ronaldo no banco, o ‘terciário’ Leixões (2001/02).
Quanto ao Benfica, e além do triunfo na edição de 1984/85 face aos ‘dragões’, bateu duas vezes o Sporting (1979/80 e 2018/19) e uma Belenenses (1988/89), Vitória de Setúbal (2004/05), Rio Ave (2013/14), Sporting de Braga (2015/16) e Vitória de Guimarães (2016/17).
Aos ‘grandes’, apenas ‘fugiram’ quatro troféus - o último há quase um quarto de século -, todos ‘patrocinados’ pelo FC Porto, que perdeu três vezes face ao Boavista (1978/79, 1991/92 e 1996/97) e uma com o Vitória de Guimarães (1987/88).
As restantes 11 equipas que participaram na Supertaça nunca venceram, nomeadamente Sporting de Braga (quatro presenças), Vitória de Setúbal (duas) e Estrela da Amadora, Rio Ave, União de Leiria, Académica, Paços de Ferreira, Leixões, Beira-Mar, Belenenses e Desportivo das Aves (todos uma).
A Supertaça começou a disputar-se em 1979 e as duas primeiras edições foram oficiosas, com o Boavista a sagrar-se o primeiro vencedor, ao bater o FC Porto em pleno Estádio das Antas por 2-1.
Na temporada seguinte, a prova passou a ter a ‘chancela’ oficial da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a ser jogada em duas mãos, o que aconteceu até 1999/2000, para em 2000/2001 voltar a um só encontro, em campo neutro.
O palco foi variando (Vila do Conde, Setúbal, Guimarães, Coimbra e Leiria), passou três vezes pelo Algarve e instalou-se em Aveiro, que no sábado recebe a Supertaça Cândido de Oliveira pela 12.ª vez, nos últimos 14 anos.
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