O Sporting venceu hoje o SC Braga por 2-1 e conquistou a Supertaça Cândido de Oliveira, a nona do seu historial, numa partida em que esteve a perder e conseguiu dar a volta ao resultado. E o público regressou aos estádios, 16 meses depois.

Em Aveiro, já com cerca de oito mil adeptos nas bancadas, os minhotos adiantaram-se no marcador aos 20 minutos, com um golo de Fransérgio, mas o Sporting deu a volta ao resultado ainda na primeira parte, com tentos de Jovane Cabral, aos 29, e Pedro Gonçalves, aos 43.

Com esta vitória no primeiro troféu oficial da temporada, os ‘leões’ conseguiram a nona Supertaça do seu historial, que não venciam desde 2015, enquanto o SC Braga esteve pela quarta vez na decisão, mas continua sem conseguir vencer.

Rúben Amorim apostou no onze base com que venceu o campeonato, exceção feita a Ricardo Esgaio, que se estreou neste regresso ao Sporting precisamente frente à antiga equipa. Destaque ainda para a titularidade de Jovane Cabral, que alinhou na frente com Pedro Gonçalves e Paulinho.

No lado dos bracarenses, que tal como os 'leões' jogou em 3x4x3, destaque para a presença de André Horta no meio-campo. No centro da defesa jogou Paulo Oliveira, reforço do conjunto minhoto para esta época e que já passou pelo Sporting. Por sua vez, Fabiano Souza deu bons indicadores na pré-época e ganhou o lugar no lado direito da defesa bracarense.

No regresso dos adeptos aos estádios, o Sporting começou por sentir algumas dificuldades para passar a primeira zona de construção, com o SC Braga mais perigoso nos minutos iniciais. Aos 9' Ricardo Horta foi lançado em profundidade por Fabiano à direita e cruzou rasteiro para o coração da área, com Abel Ruiz a atirar ao lado.

A equipa leonina tentou responder aos 16', com Pedro Gonçalves a rematar de primeira, de fora da área, e Matheus a defender a dois tempos.

O golo dos minhotos acabou por surgir aos 20', com Fransérgio a fazer tudo bem: excelente passe na profundidade de Ricardo Horta, com o médio a surgir nas costas dos centrais, a puxar para dentro e a rematar. A bola bateu no poste e acabou mesmo por entrar na baliza de Adán.

Menos de dez minutos depois, Nuno Mendes, também com um grande passe, isolou Jovane nas costas da defesa bracarense. O extremo deixou para trás Fabiano e Paulo Oliveira e finalizou na cara de Matheus, com um remate de pé esquerdo.

O golo espevitou ainda mais a equipa de Rúben Amorim e a reviravolta chegou já perto do intervalo. Depois de obrigar Matheus a uma grande defesa aos 33', Pedro Gonçalves protagonizou um dos momentos da noite: o avançado recebeu a bola na direita da área e rematou de trivela, com a bola a entrar ao canto superior contrário da baliza.

A segunda parte começou com o Sporting mais confiante e aos 52' Palhinha fez um passe a rasgar para Pedro Gonçalves, mas o remate à entrada da área acabou travado por Matheus. Carlos Carvalhal aproveitou para lançar em campo o reforço Mario Gonzalez (saiu André Horta).

Mesmo a jogar com dois avançados de raiz, o SC Braga não conseguia criar situações de perigo, com o Sporting a controlar bem o jogo. Aos 63' Nuno Mendes surpreendeu ao bater um livre direto que todos pensavam ser de Jovane, mas a bola foi às malhas laterais da baliza de Matheus.

A qualidade do segundo tempo caiu abruptamente, com destaque apenas para um falhanço incrível de Pedro Gonçalves, que atirou ao lado com a baliza aberta, e para a estreia de Roger Fernandes, de apenas 15 anos, que se tornou o mais jovem de sempre a jogar numa Supertaça e o primeiro juvenil a jogar uma final da prova.

Por esta altura, o SC Braga já tinha esgotado as ideias para mudar o rumo do jogo e a Supertaça foi mesmo para o campeão nacional.