O vice-presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) manifestou hoje o desejo de ver João Pinheiro como um “bom exemplo de qualidade” na Supertaça, que “será o cartão-de-visita para esta época”.

À margem da sessão de trabalho promovida pelo CA, na Cidade do Futebol, em Oeiras, o antigo árbitro João Ferreira disse não ter dúvidas quanto à atuação de João Pinheiro no encontro de sábado, que vai opor o campeão nacional Sporting ao FC Porto, vencedor da Taça de Portugal, em Aveiro, a partir das 20:15.

“O João Pinheiro espero que esteja ao nível do que tem demonstrado nas últimas épocas. Foi primeiro classificado justamente e ele é, claramente, um dos melhores árbitros portugueses”, começou por enaltecer o dirigente, em declarações à comunicação social.

João Ferreira manifestou confiança no desempenho de João Pinheiro no jogo que marca o arranque da nova temporada.

“Enquanto responsável e elemento do Conselho de Arbitragem, que tem a missão de o nomear para este jogo importantíssimo, e que no fundo será o cartão-de-visita para esta época, estamos claramente convictos que vai ser um bom exemplo de qualidade da nossa arbitragem”, frisou.

Para a temporada 2024/25, a prioridade “é dar transparência à arbitragem”, de forma as que as decisões dos juízes dentro do campo sejam esclarecedoras para todos.

“Acima de tudo, o que nos preocupa a nós é dar transparência à arbitragem. Esta forma de comunicar indo aos clubes, através do VAR, através do anúncio público, em que o árbitro diz as suas decisões, é uma forma de mostrar transparência. Acho que é assim que a arbitragem melhora”, defendeu.

João Ferreira insistiu que a explicação “de viva voz” por parte do árbitro “é fantástica e um passo muito positivo” para a classe, já que, mesmo que não se concorde com a decisão tomada, há uma melhor aceitação.

Sobre a nova regra testada no Euro2024, na Alemanha, em que só os capitães de equipa podem dirigir-se ao árbitro para este dar conta do veredicto, João Ferreira considerou que esta é a melhor solução.

"O exemplo do Euro foi muito positivo nesse sentido. O capitão é o líder da equipa e deve ser o locutor privilegiado perante o árbitro, que deve ter a capacidade de explicar o porquê de ter decidido daquela maneira como interpretou”, terminou.

Os árbitros Gustavo Correia, internacional desde 2022, Anzhony Rodrigues, que se vai estrear na primeira categoria esta temporada, assim como Andreia Sousa, na vertente de assistente, também falaram aos jornalistas, para perspetivar uma temporada em que o ideal é que não se fale de arbitragem.

“Para a arbitragem uma boa época é nós passarmos ao lado, ou seja, que o campeonato decorresse e não se falasse de arbitragem. Isso seria excecional e trabalhamos para passar ao lado do jogo. Damos o nosso melhor para isso”, expressou Gustavo Correia, da Associação de Futebol do Porto.

Já Anzhony Rodrigues, da Madeira, falou em “misto de sensações”, face à promoção que o deixou “orgulhoso”.

“Estive quatro anos na II Liga. Chego aqui com uma maturidade completamente diferente para encarar este projeto de uma forma mais natural. Estou há oito anos a perseguir esta subida e finalmente chegou. Vou aproveitar o momento. Espero uma época de afirmação e dar a conhecer o meu trabalho aos clubes e às pessoas envolvidas na I Liga”, contou.

Por fim, a “integração das mulheres no futebol profissional” foi salientada pela minhota Andreia Sousa, que se mostrou “feliz por ter visto o caminho aberto”.

“A abertura está feita. [Agora quero] estar isenta de lesões e ter a maior taxa de assertividade que posso ter na linha e nos foras de jogo. Quantos mais jogos, melhor”, desejou.