O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, revelou em tribunal que o clube foi vítima de chantagem por parte dos líderes das principais claques do clube, os quais exigiam bilhetes a preços vantajosos sob ameaça de serem entoados cânticos racistas durante os jogos.

"A Juventus foi forçada a ceder às exigências dos ultras, consciente das eventuais consequências negativas, tais como cânticos racistas e outro tipo de condutas que poderiam resultar em multas pecuniárias, punições e a interdição da curva [bancada destinada às claques]", disse Andrea Agnelli aos procuradores.

Recorde-se que a polícia italiana anunciou, esta segunda-feira, a detenção de 12 adeptos da Juventus, incluindo os líderes das principais claques do clube, na sequência de uma denúncia do próprio clube.

Os detidos vão ser ouvidos por suspeitas de associação criminosa, extorsão agravada e violência privada, entre outros crimes.

Segundo avança esta segunda-feira a imprensa local, a Juventus denunciou vários crimes há cerca de um ano, depois de os dirigentes dos campeões italianos terem cortado algumas vantagens aos diversos grupos de apoio.

A investigação, conduzida pela Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digos), envolve todos os principais grupos de apoio organizado da Juventus: 'Drughi', 'Tradizione-Antichistickes', 'Viking', 'Nucleo 1985' e 'Quelli ... di via Filadelfia '.