Papu Gómez deixou a Atalanta no passado mês de janeiro, depois de seis anos ao serviço dos italianos, para rumar ao Sevilha e explica agora o que esteve por detrás da sua saída do emblema de Bérgamo.
Em entrevista ao jornal argentino 'La Nacion', o avançado argentino revelou que foi obrigado a sair do clube depois de Gian Piero Gasperini o ter tentado agredir, ao intervalo do encontro frente ao Midtjylland, na fase de grupos da última edição da Liga dos Campeões.
"Tive de deixar o clube. Esperei por um pedido de desculpas que nunca chegou. Errei, assumo-o, porque num jogo da Liga dos Campeões, frente ao Midtjylland, desobedeci-lhe a uma indicação tática. Faltavam 10 minutos para o final da primeira parte e ele pediu-me para jogar na direita, enquanto estava a jogar bem na esquerda, e eu disse não", começa por recordar o jogador.
"Imaginem, ter respondido isso, a meio do jogo, com as câmaras... É normal que se tenha zangado. Supos que no intervalo me substituísse e assim foi. Mas no balneário, ao intervalo, ultrapassou os limites e tentou agredir-me fisicamente. Podemos discutir, mas quando é intolerável quando há uma agressão física", acrescenta.
Papu recorda que pediu uma reunião com o presidente do clube e que estaria disposto a esquecer o assunto, desde que Gasperini lhe pedisse desculpas pelo sucedido.
"(...) Como capitão não me tinha comportado bem, foi um mau exemplo desobedecer ao treinador. Mas disse ao presidente que precisava de um pedido de desculpas de Gasperini. (...) No dia seguinte houve uma reunião com todo o plantel. Eu avancei e pedi desculpas ao treinador e aos meus companheiros pelo que tinha acontecido. E não recebi nenhum pedido de desculpas de Gasperini. (...) Foi aqui que tudo começou. Dias depois comuniquei ao presidente que não queria continuar na Atalanta a trabalhar com Gasperini", contou.
Papú Gomez acabou por ser afastado da equipa principal da Atalanta, tendo treinado com as reservas da equipa de Bérgamo antes de sair de Itália rumo a Espanha, em janeiro, para envergar a camisola do Sevilha.
Comentários