O ‘capitão’ do Nápoles, Lorenzo Insigne, afirmou hoje que a recente morte do antigo futebolista Diego Armando Maradona, um verdadeiro ‘Deus’ para os adeptos napolitanos, é algo que “dói’, pois foi-se o “ídolo”.
“Faleceu o nosso ídolo, dói. Queríamos mais do que nunca jogar bem, conseguir um bom resultado para toda a cidade, que sofreu com esta morte. Este triunfo é dedicado a ele”, disse Insigne, depois da goleada à Roma (4-0), de Paulo Fonseca, na Serie A.
Insigne, que no início do encontro colocou um ramo de flores juntos das curvas A e B do Estádio San Paolo, onde o Nápoles exibiu vários cartazes dedicados a Maradona, inaugurou o marcador de livre direto, como ‘El Pibe’ fez várias vezes.
Depois do golo, aos 31 minutos, o ‘capitão’ celebrou-o com uma camisola ‘albi-celeste’ de Maradona, à qual deu três beijos.
Os outros tentos dos napolitanos foram apontados pelo espanhol Fabián Ruiz, aos 65 minutos, do belga Dries Mertens, aos 81, e de Matteo Politano, aos 87.
No final do encontro, o treinador Gennato Gattuso animou os adeptos a honrar Diego Armando Maradona, mas destacou a importância de o fazerem com máscaras e mantendo o distanciamento social, para evitar que a sociedade “pague as consequências” com os contágios do novo coronavírus.
“Respira-se um ambiente triste, mas, neste momento, a cidade tem de ter muito cuidado, porque vejo muita gente sem máscara. Maradona é uma lenda, todos o sabem, todos, mas temos de ser bons para nós próprios, se não pagaremos as consequências”, disse.
Gattuso pediu-se que se façam as coisas como deve ser, numa altura complicada: “Espero que a partir de amanhã, se façam as coisas bem. A cidade sofre muito, pela perdida de Maradona, mas também pelas lojas fechadas, pela economia”.
Nos últimos dias, os adeptos do Nápoles mostraram o seu carinho e agradecimento a Maradona, reunindo-se fora do Estádio San Paolo e nos chamados ‘Quartieri Spagnoli’ (bairros espanhóis), para deixar flores, camisolas, cachecóis ou mensagens.
Depois de nove jornadas, o Nápoles, que soma 17 pontos, é quinto da Serie A, com os mesmos pontos de Roma (sexta) e Juventus (quarta), a um de Inter de Milão (segundo) e Sassuolo (terceiro) e a seis do líder AC Milan.
O conjunto do sul de Itália apenas foi campeão italiano, em duas ocasiões, em ambas ‘capitaneado’ por Diego Armando Maradona, em 1986/87 e 1989/90.
Maradona, considerado um dos melhores futebolistas da história, morreu na quarta-feira, aos 60 anos, ao sofreu uma paragem cardíaca na sua vivenda em Tigre, na província de Buenos Aires.
A carreira de futebolista, de 1976 a 1997, ficou marcada pela conquista, pela Argentina, do Mundial de 1986, no México, e os dois títulos italianos e a Taça UEFA arrebatados ao serviço dos italianos do Nápoles.
O Presidente argentino, Alberto Fernández, decretou três dias de luto nacional pela morte de Maradona, cujo velório e funeral, marcados por alguns tumultos, se realizaram na quinta-feira, em Buenos Aires.
Comentários