O jornal alemão 'Der Spiegel' já tinha publicado imagens do alegado acordo entre Cristiano Ronaldo e Kahtrin Mayorga, a mulher norte-americana que diz ter sido violada pelo craque português há dez anos. No documento do jornal alemão, publicado em abril de 2017 e que acaba agora por ser recuperado, pode-se ler que Mayorga estava obrigava a manter-se em silêncio sobre os alegados acontecimentos de Las Vegas, a troco de quase 325 mil euros.

Eis uma parte do documento

Alegado acordo entre Cristiano Ronaldo e Kahtrin Mayorga
Alegado acordo entre Cristiano Ronaldo e Kahtrin Mayorga Alegado acordo entre Cristiano Ronaldo e Kahtrin Mayorga

Diz ainda a publicação alemã de que não há qualquer dúvida sobre a veracidade do contrato, até porque nele estão as assinaturas dos intervenientes. De recordar que o 'Der Spiegel' foi o primeiro a lançar a notícia sobre a alegada violação de Cristiano Ronaldo.

Ainda de acordo com o 'Der Spiegel', Cristiano Ronaldo identifica-se como Topher e, no acordo, teve de entregar provas a Kahtrin Mayorga de que não era portador de nenhuma doença sexualmente transmissível como o HIV. Escreve a mesma publicação de que Cristiano Ronaldo terá pedido desculpas a Mayorga pelo seu comportamento.

A polícia de Las Vegas reabriu a investigação sobre as acusações de violação apresentadas pela norte-americana Kahtrin Mayorga contra Cristiano Ronaldo, por factos que remontam a 2009.

“O caso foi reaberto e os nossos investigadores estão a analisar as informações dadas pela vítima”, disse a polícia na segunda-feira, acrescentando que em 13 de junho de 2009 foi apresentada uma queixa e que a sua autora foi submetida a um exame médico, mas não forneceu dados sobre os factos alegados nem a descrição do suspeito.

Kathryn Mayorga, agora professora com 34 anos, apresentou queixa a semana passada num tribunal do condado de Clarck, Las Vegas, no estado norte-americano do Nevada.

A queixosa alega que naquela data foi violada pelo agora jogador da Juventus num quarto de hotel em Las Vegas, ao qual terá subido, junto com outras pessoas, para apreciar a vista e a banheira de hidromassagem.

A suposta vítima relatou que Cristiano Ronaldo a terá interpelado enquanto trocava de roupa e a terá forçado a sexo anal – no fim, conta, o português ter-se-á desculpado e dito que costuma ser um cavalheiro.

O caso foi divulgado pela revista alemã Der Spiegel, a 28 de setembro, na primeira vez que Kathryn Mayorga falou sobre o caso - a história já tinha sido revelada em 2017, em documentos difundidos pela plataforma digital Football Leaks.

Kathryn Mayorga conta ainda que na altura terá sido coagida a assinar um acordo de confidencialidade a troco de cerca de 325 mil euros (375 mil dólares), assentimento que os seus advogados consideram não ter valor legal.

Ronaldo já reagiu, negando as acusações de violação de que está a ser alvo, numa mensagem publicada na rede social Twitter.

"Nego terminantemente as acusações de que sou alvo. Considero a violação um crime abjeto, contrário a tudo aquilo que sou e em que acredito. Não vou alimentar o espetáculo mediático montado por quem se quer promover à minha custa”, escreveu.

O jogador da Juventus garante que vai aguardar "com tranquilidade o resultado de quaisquer investigações e processos", pois nada lhe “pesa na consciência”.

*Artigo corrigido e atualizado