A obrigatoriedade de vacinação contra a covid-19 para todos os futebolistas profissionais é uma hipótese que estará a ser considerada em Itália.
Francesco Braconaro, um dos responsáveis médicos da Federação Italiana de Futebol, defende que os futebolistas, pelas contigências da sua profissão, não deviam ter opção de escolha. Uma declaração que está a levantar polémica no país, visto que o governo italiano, tal como a maioria dos governos, está a deixar ao critério de cada um a decisão sobre se aceita ou não ser vacinado.
"Vacinar os futebolistas profissionais em Itália é uma hipótese que certamente tem de ser avaliada. Trata-se de um problema de saúde pública e no futebol, sendo uma comunidade muito restrita, não fazia sentido vacinar apenas alguns. Concordo com o presidente da Liga [Francesco Ghirelli], que diz que os jogadores deviam ser obrigados a tomar a vacina", afirmou em declarações à rádio 'Kiss Kiss'.
"Acrescentaria o mesmo para todos os médicos, tendo em conta o que passámos nos últimos 10 meses. Penso não temos outra alternativa", terminou.
Estas declarações vão então de encontro às de Francesco Ghirelli, presidente da Lega Pro, organismo que gere o terceiro escalão do futebol profissional italiano, que também defendeu que a vacina contra a COVID-19 deveria ser obrigatória para todos os futebolistas, medida que considerou "essencial" para acelerar o regresso do público aos estádios e para reduzir os custos das equipas em todo o processo de identificação e prevenção de contágio.
"Embora deva existir respeito pela liberdade de cada um, deveria tornar-se a vacinação obrigatória para o mundo do futebol. Nesse caso, a escolha pessoal deve dar lugar ao bem coletivo. As autoridades sanitárias europeias e nacionais definiram prioridades e devemos cumpri-las. Para já, o que podemos fazer é insistir num trabalho contínuo de prevenção, informação e educação, como já fazemos há algum tempo, desde que o futebol foi autorizado a regressar", disse o dirigente.
Comentários