Chegou e caiu com estrondo no passado mês de abril, mas a ideia de uma Superliga Europeia teima em não desaparecer da atualidade desportiva e desta vez pela voz de um dos dirigentes que não esteve envolvido na criação do polémico projeto há cinco meses.

Aurelio De Laurentis, presidente do Nápoles, é o mais recente dirigente a abordar a necessidade da criação de uma nova competição europeia, que traga mais dinheiro aos clubes, ao contrário do que a Liga dos Campeões e a Liga Europa fazem atualmente.

"O sistema já não funciona. A Champions e a Liga Europa não geram receitas suficientes para os clubes justificarem a sua participação nelas. Para seres competitivos, precisas de mais jogadores de topo. Isso significa que tens de gastar mais dinheiro e o dinheiro das competições europeias não colmatam isso", disse, em entrevista ao Daily Mail.

De Laurentis considera que os clubes precisam de conversar entre si para encontrar um novo torneio e considera que as ligas domésticas têm de ser reduzidas para abrirem caminho a uma "liga Europeia com um sistema de entrada democrático, baseado no que as equipas alcançam nas competições domésticas".

O líder do Nápoles revela até que já teve oportunidade de analisar um projeto para a nova competição e que o mesmo está "pronto para trazer 10 mil milhões de euros ao futebol Europeu, mas precisamos de vontade e total independência".

De Laurentis usa argumentos semelhantes aos que Florentino Perez usou em abril, abordando o afastamento das gerações mais novas do 'desporto rei' e a necessidade de mudar as regras do jogo

"Se não mudarmos as regras do jogo e tornamo-lo num melhor espetáculo, os mais novos vão abandonar-nos e o futebol já não será a parte central das nossas vidas. A minha pesquisa diz-me que quem tem entre oito e 25 anos deixou de ver futebol e prefere jogar no telemóvel. Não digo que o hábito de ver futebol ao vivo vá morrer, mas agora temos o 'estádio virtual', que pode atrair biliões de pessoas para jogar jogos uns contra os outros", concluiu.