“Uma cidade sede de jogos do Mundial deve ter um bom funcionamento de aeroporto, boas infra-estruturas de acesso aos campos de jogos, de estacionamento e de organização dos eventos, para que as pessoas não estejam horas à espera para entrar”, afirmou Luís Correia da Silva, em declarações à Agência Lusa.
Responsável pela campanha de promoção de "Portugal como Destino Turístico” no âmbito do campeonato da Europa de 2004, o ex-governante disse que, “depois do planeamento, os portugueses foram grande factor de sucesso, pois integraram-se na festa e interagiram com os estrangeiros” que acompanharam as selecções de futebol.
“Trabalhámos acções a desenvolver para além dos jogos”, assinalou, para conseguir que os turistas ficassem mais tempo em Portugal.
“A tradicional hospitalidade dos portugueses foi transformada numa hospitalidade de gosto, prazer e participação na festa durante todos os dias e noites”, disse o especialista, à margem de um encontro em Fortaleza.
Uma atitude “elogiada por todos” e considerada importante para aglutinar diferentes nações, “sem problemas”, segundo o ex-secretário de Turismo de Portugal e assessor da direcção de Aquiraz Riviera, empreendimento de capital luso-brasileiro que está em construção no Ceará.
O ex-ministro inaugurou na segunda-feira o ciclo 2010 de almoços de negócios da Câmara Brasil-Portugal do Ceará (CBP-CE), com uma palestra sobre os “Principais problemas, expectativas e impacto no turismo da organização do Campeonato da Europa de Futebol em Portugal”.
Para uma plateia reunida no hotel Gran Marquise, o administrador Luís Correia, da ThinkTur - Estudos e Gestão de Empreendimentos Turísticos, falou sobre a importância do planeamento das infra-estruturas - aeroportos, acessibilidades, estádios, a organização da “festa” em torno dos jogos, a segurança e a assistência à saúde.
“Esses elementos serão importantes de serem replicados no Brasil e, particularmente em Fortaleza, por ocasião do Mundial de 2014”, afirmou.
A estratégia do governo foi trazer para Portugal grandes eventos e demonstrar a modernidade do país e sua nova imagem no mundo, “sem perder seus factores de diferenciação e identidade”, concluiu Luís Correia.
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