Portugal está a perder por 3-0 com a Holanda ao intervalo, em jogo amigável que decorre em Genebra, na Suíça. Uma má primeira parte dos lusos está a ser castigado com uma derrota por 2-0 dos holandeses, mais incisivos e frios na finalização.
A exibição deste primeiro tempo ainda é pior do que Portugal conseguiu frente ao Egito. As muitas mudanças promovidas por Fernando Santos, com jogadores que não estão habituados a jogar juntos, explica, em parte, esta má exibição mas há outros factores.
Fernando Santos não abdica do 4-4-2 mas com jogadores diferentes: o quarteto do meio-campo, formado por Manuel Fernandes, Adrien Silva, Bruno Fernandes e André Gomes tem pouca mobilidade. É preciso que dois destes quatro aparecem mais em zonas de finalização, principalmente quando Cristiano Ronaldo sai da área. Caso contrário, o ataque fique entregue à CR7 e Quaresma.
A Holanda, pouca importada com estas questões, está a encarar o jogo com muita seriedade, desejosa de mostrar que ter ficado de fora do Mundial2018 e do Euro2016 são 'águas passadas' e que há uma nova era na Laranja Mecânica. Assente num 3-5-2, com um ataque móvel, a seleção orientada por Ronald Koeman, antigo treinador do Benfica, está a vencer e bem, com um futebol mais simples e mais eficaz.
O 1-0 foi de Memphis Depay, jogador do Manchester United emprestado ao Lyon: o avançado apareceu entre os centrais a desviar um remate enrolado de Van de Beek, depois denum lance de contra-ataque em que a defensiva lusa demorou uma eternidade a recompor-se. Golo aos 11 minutos.
O 2-0 é do outro homem da frente, Rayn Babel. O companheiro de Quaresma no Besiktas apareceu na pequena área aos 32 minutos, a desviar de cabeça um centro de De Ligt.
No minuto anterior Cristiano Ronaldo tinha protestado e muito com o árbitro, pedindo grande penalidade mas a verdade é que o capitão da seleção lusa rematou na relva, sem falta. Quase a terminar o primeiro tempo foi Anthony Lopes a negar o 3-0 a Memphis Depay, num cabeceamento à queima-roupa.
O 3-0 é obra de Virgil Van Dijk, o central mais caro da história do futebol, num pontapé na área, após ressalto.
Os comandados de Fernando Santos terão de fazer muito mais no segundo tempo se não quiserem perder este jogo. Falta presença na área para acompanhar Ronaldo, algo que os quatro médios não estão a dar.
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