Portugal, Espanha e Marrocos candidatam-se em conjunto à organização do Campeonato do Mundo de futebol de 2030 para produzir o melhor torneio “de sempre”, mas também para “beneficiar” e criar “novos padrões” para gerações futuras.

“Queremos organizar um Mundial que fique na memória de todos. Um Mundial que a história recorde não apenas por ser o melhor de sempre, mas por ser aquele que definiu novos padrões para o futuro da competição. Um Mundial de que as próximas gerações possam não apenas recordar, mas beneficiar”, afirmou o presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Fernando Gomes falava na Cidade do Futebol, em Oeiras, durante a cerimónia de apresentação da candidatura e do logótipo do Mundial2030, que será organizado por Portugal, Espanha e Marrocos.

“Trata-se de um projeto exigente, complexo, mas vamos honrar o desafio proposto pela FIFA. Vamos, aliás, e esse é o meu desejo e estou certo que o vamos conseguir, superar aquilo que nos pedem. O futebol não conhece fronteiras, não tem barreiras de classe, religião ou género. É todos e para todos”, frisou.

Por isso, para o presidente da FPF, o Campeonato do Mundo de 2030 será torneio da “inclusão e diversidade”, que irá “inspirar e motivar gerações futuras”.

“Este Mundial será, por isso, a conjugação da memória da competição, com a renovação e invenção do futuro. Esse é o nosso desafio”, disse o dirigente.

Numa altura de instabilidade governamental em Portugal, Fernando Gomes destacou o “apoio incondicional” do governo cessante, liderado pelo primeiro-ministro António Costa, mostrando “certo” que o mesmo suceda com o próximo executivo.

Na mesma cerimónia esteve presente o presidente da Federação Real Marroquina de Futebol, Fouzi Lekjaa, e Fernando Sanz, dirigente que representou a Real Federação Espanhola de Futebol.

O slogan para o Mundial2030 será “Yalla Vamos” e o logótipo representa o sol, o mar e a paixão pelo futebol, algo que “une os três países”.

Andrés Iniesta, Nourredine Naybet, Cristiano Ronaldo, Dolores Silva, Álvaro Morata, Irene Paredes, Achraf Hakimi, Ghizlane Chebbak, Emmanuel Adebayor e Luís Figo foram apresentados como os embaixadores da candidatura.

“Eu vivi o Euro2004 e foi uma ligação entre jogadores, adeptos e o país. Espero que isso se possa repetir agora no Mundial. Espero que seja o melhor Mundial de sempre e, sobretudo, que deixe um legado para gerações futuras”, referiu Luís Figo, antigo capitão da seleção portuguesa.

De acordo com o Regulamento da FIFA, a próxima etapa do processo passa pela apresentação formal do dossier de candidatura em julho deste ano. A decisão final que confirmará a sede do Campeonato do Mundo em 2030 será votada no Congresso da FIFA, no último trimestre deste ano.

Por causa dos festejos do centenário da competição, Argentina, Paraguai e Uruguai vão receber três jogos do Campeonato do Mundo de 2030, mas essa situação não teve qualquer referência na cerimónia.