o nervoso antes da estreia no Europeu de futebol feminino começa a crescer “dia após dia”, mas a internacional Melissa Antunes considera que este “é o sonho” pelo qual todas lutaram.
“Este é um sonho pelo qual a gente luta, não de dias, mas de anos, todas nós jogamos há muitos anos e temos vindo a trabalhar para estar numa fase final, é histórico, é a primeira vez, portanto a ansiedade está cada vez maior, dia após dia”, disse a jogadora no final do primeiro dia de treinos na Holanda.
A seleção feminina portuguesa chegou no sábado à noite à localidade de Oisterwijk e hoje de manhã foi recebida por alguns adeptos holandeses na primeira sessão de treinos no campo de Oirschot Vooruit.
“Foi positivo, fomos muito bem-recebidas, as pessoas aqui são muito simpáticas, receberam-nos bem e também ficámos muito surpreendidas com a organização de todo o ‘staff’, porque desde que chegámos tivemos um autocarro com a nossa bandeira, todo equipado à Portugal, depois no hotel também estava tudo muito bem organizado, bem pensado, ficámos muito satisfeitas e sentimo-nos verdadeiramente confortáveis”, revelou a jogadora.
Melissa Antunes, que foi das poucas entre as 23 jogadoras que não fez nenhum dos dez jogos da fase de qualificação, explicou os motivos desta convocatória com a entrada em dezembro no Sporting de Braga e no regresso ao futebol 11, depois de também ser sido internacional no futsal.
“Estive fora da seleção de futebol AA durante muitos anos porque tinha mudado de modalidade, praticava futsal, obviamente que não era convocada para a seleção de futebol, em dezembro mudei-me para o Sporting de Braga, é um clube que trabalha muito bem, o meu treinador apostou em mim”, justificou.
A transição da modalidade de pavilhão para o futebol de 11 teve coisas positivas e poderá dar ao jogo na relva contributos que se tornam importantes, especialmente para uma jogadora que atue no meio-campo.
“Jogar curto, o jogar próxima, dar um toque e passar, as tabelas, por isso é que jogo no meio-campo, temos que fazer muitos passes, talvez dos jogadores que fazem mais passes, claro que isso me ajudou bastante, também a explosividade, porque num campo reduzido temos que ser mais explosivos, ser mais reativos e claro que tudo isso, joguei muitos anos futsal, e com certeza que transporto isso também para o futebol”, explicou.
A seleção feminina voltará a treinar na segunda-feira em Oirschot, antes de na terça-feira seguir para Doetinchem, cidade do primeiro jogo no Europeu, na quarta-feira diante da Espanha (18:00 locais).
A estreia portuguesa contará já com o vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Humberto Coelho, que é hoje esperado na Holanda, e terá nas bancadas o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
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