O selecionador português de futebol de sub-17, Hélio Sousa, acredita na qualificação para o Europeu da categoria, seis anos após a última participação, mas antecipa muitas dificuldades na ronda de elite de apuramento para a fase final.
Portugal estreia-se na quarta-feira, frente à Suécia, antes de medir forças com o País de Gales, na sexta-feira, e com a Croácia, anfitriã da ronda de elite, no domingo, na expetativa de voltar a marcar presença no Europeu, no Azerbaijão, algo que não acontece desde 2010.
“Vamos encontrar três equipas com identidade de jogo diferente, mas a preparação ao longo de toda a época e em particular este estágio vai permitir-nos estar nas melhores condições para conseguirmos o nosso objetivo que é conseguir o primeiro lugar grupo”, disse Hélio Sousa à agência Lusa.
O treinador espera uma equipa sueca “mais física, mas com um futebol elaborado”, enquanto o País de Gales adota um estilo de jogo “mais direto, típico do futebol inglês”, e a Croácia deverá apresentar “jogadores com bastante qualidade técnica e um jogo de posse de bola”.
“Toda essa diversidade vai ser ótima para os nossos jogadores [...], que querem conquistar o seu espaço e continuar a crescer dentro de uma equipa com qualidade”, observou Hélio Sousa, alertando para a importância de “os melhores futebolistas de cada geração estarem presentes nas maiores competições do seu escalão”.
O selecionador nacional de sub-17 previu muitas dificuldades nos três confrontos, mas alegou estar “preparado para elas”, numa competição que não permite margem para erros, pois, com três jogos em seis dias, qualquer resultado negativo pode hipotecar o objetivo da qualificação.
“O primeiro jogo vai ser essencial para conseguirmos três pontos e deixar-nos em boas condições para prosseguir o apuramento com êxito”, defendeu Hélio Sousa, assinalando que, além dos vencedores dos oito grupos, também os sete melhores segundos classificados seguem para a fase final.
Se uma entrada na ronda de elite com o ‘pé direito’ pode abrir o caminho do Europeu, o terceiro e último encontro, com a equipa da casa, pode revelar-se determinante para a decisão do vencedor da ‘poule’, pois, “em teoria, são as equipas mais fortes e, correndo tudo dentro da normalidade, será um jogo decisivo”.
Após uma ronda inicial de qualificação, disputada em Portugal, em que a seleção nacional goleou a Arménia (7-0) e São Marino (5-0) e empatou com a Inglaterra (1-1), o técnico acredita liderar “uma equipa equilibrada, mas ainda há muito espaço para evoluir”.
“Não fomos tão eficazes. Continuamos a não conseguir expressar no resultado dos últimos jogos que disputámos a superioridade que tivemos, por alguma falta de eficácia. É um ponto que temos de melhorar.
De resto, temos crescido de uma forma consistente”, afirmou.
Detentor de quatro títulos (1989, 1995, 1996 e 2000) quando a competição ainda era disputada por sub-16, Portugal apurou-se apenas quatro vezes em 14 edições da prova em formato sub-17, tendo-se sagrado campeão uma única vez, em 2003.
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