Fernando Santos não gostou das críticas feitas à forma como abordou o jogo com a França no sábado passado e que deixou Portugal fora da 'final four' da Liga das Nações. Os lusos perderam com a França por 1-0, com os gauleses a garantirem um dos quatro lugares da próxima fase.
Críticas pelas opções no Portugal-França: "Se calhar, devíamos ter jogado para empatar. Uma equipa que joga como jogámos é claramente para ganhar, de forma inequívoca. Acreditámos que podíamos levar a França para trás, como sempre o temos feito. A equipa já há muito tempo que mudou um pouco esse ADN pragmático. Tem jogadores com muita qualidade na frente como o Bernardo, o o Bruno, o Félix e o Cristiano".
Críticas pelas opções no Portugal-França (parte 2): Respeito todas as críticas. Agora, não tenho que concordar. Essa crítica é uma análise não séria do jogo. Se Portugal jogasse para empatar, se calhar não teria jogado como jogou. Assim como aconteceu no Campeonato da Europa que venceu, em que jogou com primeira base não sofrer golos, e depois surpreender no contra-ataque. Era uma estratégia de acordo com as nossas caraterísticas. A partir de um determinado momento, as caraterísticas dos jogadores mudaram e Portugal passou a jogar de outra forma, mas com o mesmo pensamento. Transformámos o nosso jogo mantendo a filosofia de ganhar todos os jogos, procurando o ataque em posse, construindo jogadas e tirando proveito das cateterísticas dos jogadores. Isto tem tido resultados muito bons, fomos campeões da Liga das Nações e fizemos jogos de enorme qualidade, partindo da premissa de que somos capazes de mandar no jogo."
Opções táticas com França: "Nunca disse aos meus atletas para jogar em contra-ataque ou que o 0-0 era bom resultado. Se quisesse jogar em contra-ataque, teria jogado com uma equipa diferente. Acreditávamos que esta era a fórmula certa; mandando no jogo. Mais valia termos recuado há cinco anos e defender bem e colocar bolas na frente e com velocidade e tentar assim ganhar o jogo".
Mérito da França: "A verdade é que não fomos capazes de fazer o que tínhamos planeado. Mérito de França, algum demérito nosso. Agora, dizer que partimos para o jogo para empatar… Não nos passou pela cabeça. Estamos muito chateados porque não estamos habituados a perder. Esta equipa era, é e vai continuar a ser uma das grandes equipas do mundo, por quem todos os adversários têm um enorme respeito."
Azia pela derrota com França: "Não dormi bem, eles também não dormiram bem. Todos tivemos azia, mas transportar isso não serve para nada. Temos que transportar para o jogo é a capacidade de resposta dos jogadores. Equipas de alto nível ficam sempre insatisfeitas com resultados negativos. A melhor resposta é vir um jogo rápido para mostrar que não foi mais do que um acidente de percurso. Os jogadores estão completamente focados no jogo de amanhã, com uma grande vontade de vencer, contra um grande adversário. Temos o objetivo de servir a seleção nacional. Há que dar uma resposta ao mais alto nível."
Para a derradeira ronda, Portugal não vai contar com o lateral Raphaël Guerreiro, dispensado antes da viagem, devido a problemas físicos, nem com Renato Sanches, que já não tinha participado na derrota com a França.
Com um encontro por disputar no Grupo 3 da Liga das Nações A, a equipa das ‘quinas’ é segunda classificada, com 10 pontos, menos três do que os franceses. A Croácia e a Suécia, que visita a França, têm ambas três pontos e ainda lutam pela manutenção na Liga A da prova.
A partida entre Portugal e Croácia está marcada para terça-feira, às 19:45, no Estádio Poljud, em Split, e será dirigida pelo inglês Michael Oliver.
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