Os investigadores da FIFA reconheceram que Lamptey tem “um historial de suspensões por fracos desempenhos”, além de habitualmente assinalar mais grandes penalidades do que os outros árbitros africanos.
No jogo da equipa das ‘quinas’, disputado em Libreville, em 14 de novembro de 2012, o árbitro assinalou três grandes penalidades, duas a favor da seleção gabonesa, ambas convertidas por Madinda e Pocko, e uma de Portugal, que resultou no golo de Pizzi.
“O resultado acaba por ser justo, com alguns casos de arbitragem. Parece-me que os dois penáltis não existem, mas sabemos que, num jogo destes, são coisas que podem acontecer”, disse, na altura, o selecionador português, Paulo Bento.
O ‘amigável’ de Portugal consta numa lista de seis jogos dirigidos por Lamptey e considerados suspeitos, entre os quais consta ainda a visita de Angola à República Democrática do Congo, em 26 de março de 2016, que terminou com a vitória dos anfitriões por 2-1, com uma grande penalidade assinalada para cada um dos lados.
A irradiação de Joseph Lamptey ocorreu na sequência do encontro de qualificação para o Mundial2018 entre África do Sul e Senegal, em 12 de novembro de 2016, que terminou com o triunfo sul-africano por 2-1. O Senegal venceu a repetição do encontro por 2-0 e assegurou a presença na Rússia.
"O TAS concluiu que Lamptey tomou intencionalmente duas decisões erradas com o único propósito de assegurar um número específico de golos marcados que assegurassem o sucesso de apostas avultadas", lê-se no comunicado da FIFA.
Os registos do árbitro ganês foram revelados pelo TAS, na justificação para a rejeição do recurso da sua suspensão decretada em 20 de março último, que o impede de exercer qualquer atividade ligada ao futebol.
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