Carlos Queiroz manifestou em entrevista à FIFA o seu ceticismo sobre o aparecimento de uma nova "geração de ouro" no futebol português.
«O potencial está lá, mas o problema é que toda a gente imagina que há uma varinha mágica que dá resultados imediatos. Penso que não iremos ver uma geração como a de Figo ou Rui Costa, porque esse foi o resultado de seis ou sete anos de trabalho de preparação entre os 13 e os 20 anos. Não é possível que aconteça agora porque é preciso algum tempo para construir uma equipa que jogue da forma correta», declarou o atual selecionador do Irão, que conduziu Portugal aos dois títulos mundiais de sub-20 (1989 e 1991).
No entanto, o treinador português elogiou a capacidade de luta da seleção nacional perante outras potências do futebol mundial.
«Tem de se tomar em consideração o potencial de Portugal, com 10 milhões de habitantes e pouco mais de 130 mil jogadores licenciados. Estamos a competir com federações com milhões de jogadores licenciados, como o Brasil, Argentina, Inglaterra, a Holanda e a França. Com isso em mente compreende-se que os clubes portugueses e a Seleção têm boas prestações quando comparado com a Alemanha, Itália ou França. O FC Porto e o Benfica são considerados clubes europeus de topo e Portugal qualifica-se regularmente para o Campeonato Europeu. Além disso, as nossas camadas jovens têm boa reputação e não podemos esquecer que os nossos jogadores e treinadores são muito requisitados por todo o mundo», frisou.
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