Cristiano Ronaldo celebra, esta sexta-feira, o seu 36.º aniversário. O craque português viveu na seleção portuguesa o momento mais alto da carreira futebolística, com a conquista do Europeu, em 2016, num dia em que, como ‘capitão’, teve o privilégio de ser o primeiro a levantar a taça.
Entre os 1045 jogos na carreira com profissional, a final do Euro2016, em 10 de julho de 2016, em Saint-Denis, é, inquestionavelmente, o número 1 para Ronaldo, que sempre sonhou ganhar um grande título pela seleção, na qual é o jogador com mais jogos (170) e golos (102).
O triunfo sobre a anfitriã França, por 1-0, graças a um golo do ‘herói’ Éder, no prolongamento, aos 109 minutos, aconteceu após um jogo dramático para o ‘capitão’ luso, que teve de ser substituído logo aos 25, devido a lesão, após uma entrada ‘brutal’ do gaulês Dimitri Payet.
Ronaldo saiu em lágrimas, de maca, mas, depois de muito sofrer no banco, sempre a dar instruções lá para dentro, acabou a rir, a levantar bem alto a taça de campeão da Europa, a primeira da história da seleção portuguesa, em pleno ‘Stade de France’, que se havia engalanado para assistir à vitória gaulesa.
Desta vez, e depois de um percurso muito ‘acidentado’, Portugal conseguiu, no entanto, prevalecer, com Ronaldo como grande figura, mesmo ‘sem’ final: marcou dois golos à Hungria (3-3), no último jogo da fase de grupos, e um na meia-final com o País de Gales (2-0), para igualar os nove de Michel Platini em Europeus.
Foi, também, a ‘vingança’ da final perdida 12 anos antes, em pleno Estádio da Luz, onde, em 12 de junho de 2004, Portugal deixou fugir a oportunidade de ganhar o ‘seu’ Europeu, ao perder com a Grécia por 1-0, culpa de um tento de Angelos Charisteas.
No final do 101.º jogo da carreira, Ronaldo, então com 19 anos, não escondeu as lágrimas, depois de um jogo em que, como toda a equipa lusa, não foi capaz de encontrar o caminho para o golo, ele que nesse Europeu marcou os primeiros tentos por Portugal.
Apontou o primeiro precisamente no jogo de abertura, na outra derrota lusa na prova, também com os gregos (1-2), de nada valendo o seu cabeceamento, já nos descontos, depois de um canto apontado por Luís Figo, então o líder da seleção das ‘quinas’.
Também de cabeça, e após um canto, inaugurou, 18 dias depois, o marcador face à Holanda (2-1), em Alvalade, contribuindo decisivamente para o apuramento de Portugal para a sua primeira final. A meia-final do Euro2004 foi o 100.º jogo da carreira.
As duas finais do Europeu não foram, porém, as únicas de Cristiano Ronaldo na seleção ‘AA’, pois este ano já disputou uma terceira, para voltar a vencer: foi novamente em solo luso, onde a seleção lusa conquistou a primeira edição da Liga das Nações.
Em 09 de junho de 2019, no Estádio do Dragão, foi, novamente, Ronaldo, no 982.º jogo da carreira, a levantar o troféu, face ao triunfo por 1-0 sobre a Holanda - selado por Gonçalo Guedes -, quatro dias marcar um ‘hat-trick’ à Suíça, nas meias-finais.
A Ronaldo fica a faltar ‘brilhar’ numa final, ele que teve um sem número de tardes e noites de glória ao serviço da formação das ‘quinas’, que ajudou a chegar, consecutivamente, a oito fases finais de Mundiais e Europeus.
Os ‘hat-tricks’ na Irlanda do Norte (4-2) e na Suécia (3-2), espaçados por dois meses, em 2013, pautam dois dos seus mais memoráveis jogos por Portugal, sendo que, no ‘play-off’ de acesso ao Mundial2014, foi ‘monstruoso’ face a Zlatan Ibrahimovic.
O livre direto à Espanha, a culminar novo ‘hat-trick’, no Mundial de 2018, também entrou para a ‘lenda’, sendo que, por Portugal, Ronaldo já chegou duas vezes ao ‘póquer’, com Andorra, em 2016, em Aveiro, e, já em 2019, na Lituânia.
A sua história na seleção ‘AA’, que começou a escrever-se em 20 de agosto de 2003, em Chaves, perante o Cazaquistão (1-0), no 46.º encontro da carreira, ainda promete mais episódios, e quem sabe, o jogo 200 na ‘mira’.
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