O médio português Bruno Jordão mostrou-se hoje surpreendido com a primeira chamada à seleção nacional de sub-21 de futebol, mas mostrou-se ambicioso para estar entre os eleitos para o Campeonato da Europa, em 2019.
Numa conferência de imprensa em que praticamente o atleta falou da sua experiência no estrangeiro ao serviço da Lazio e da estreia nos convocados das equipa das 'quinas', o encontro de preparação com a Itália, na sexta-feira, ficou para segundo plano.
"Confesso que não estava à espera desta chamada. Foi uma surpresa agradável e já acompanho esta seleção desde jovem. É sempre um orgulho e um privilégio representar o nosso país", começou por revelar, deixando claro a meta que pretende atingir ao comando do selecionador Rui Jorge: "Espero estar no Europeu. É um objetivo meu."
Para o primeiro estágio na Cidade de Futebol, em Oeiras, Bruno Jordão admitiu que "é uma oportunidade para mostrar o seu valor e aprender cada vez mais".
Contratado ao Sporting de Braga em janeiro de 2017, o médio centro, agora com 19 anos, ainda não se estreou pela equipa principal dos italianos, mas revelou que evoluiu no clube, no qual também jogam os portugueses Nani e Pedro Neto.
"Senti dificuldades no início no sistema tático, que tem ideias muitas próprias. Não estava habituado, mas foi uma mais valia e aprendi muito taticamente. Cresci como jogador, como pessoa e sou melhor agora", transmitiu.
Ainda sobre o futebol italiano e referindo-se a um compatriota mais velho que teve uma caminhada idêntica, Bruno Jordão tem em Bruno Fernandes, do Sporting, uma referência.
"Temos um percurso parecido. O Bruno teve um bom percurso, afirmou-se e espero fazer um percurso semelhante. Tenho-o como referência, mas quero trabalhar para mim", esclareceu, equiparando a sua ainda curta passagempelo futebol transalpino à de Bruno Fernandes, quando este representou a Udinese e a Sampdoria, depois de se ter lançado no Novara.
Pelo meio, voltou ao tema seleção e elogiou o crescimento que o escalão sub-21 conquistou nos últimos anos.
"Têm tido muitos bons resultados e é devido à qualidade que existe em Portugal. Basta saber aproveitar as oportunidades de cada jogador. Não há individualidades, existe um grupo e trabalhamos todos juntos para o mesmo objetivo. Somos uma das melhores seleções", declarou.
Ainda desconhecido para alguns, a "inteligência" e a capacidade de "colocar a equipa a jogar" definem o médio: "Sou um jogador que lê bem o jogo, tenho qualidade no passe e não tenho medo de assumir o jogo. Gosto de ter a bola, pôr a equipa a jogar. Não tenho medo de ter a bola."
Para o último particular da temporada diante da seleção transalpina, o médio apenas referiu que "não tem conhecimento" do adversário, mas acredita serem fortes e "os melhores do país".
O jogo particular entre a seleção portuguesa de futebol de sub-21 e a congénere da Itália, anfitriã do próximo Europeu, está marcado para sexta-feira, às 17:30, no Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril.
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