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Avançado internacional português está a caminho de todos os recordes, mas ainda sem título.
Cristiano Ronaldo cumpre, esta terça-feira, a primeira década ao serviço da seleção portuguesa de futebol, seguindo imparável, aos 28 anos, rumo a todos os recordes individuais, mas ainda sem qualquer troféu coletivo.
Dez anos após a estreia, a 20 de agosto de 2003, em Chaves, num particular com o Cazaquistão (1-0), pela mão do brasileiro Luiz Felipe Scolari, Ronaldo é o terceiro com mais jogos, ao totalizar 105, e ocupa igualmente o último lugar do pódio no que respeita aos goleadores, com 40.
Mais jovem de sempre a atingir as 100 internacionalizações “AA”, com 27 anos, oito meses e 22 dias, num empate a um com a Irlanda do Norte (16 de outubro de 2012, no Dragão), o atual “7” luso tem apenas menos jogos do que Figo e Fernando Couto.
O extremo Figo, campeão mundial de juniores em Lisboa (1991), despediu-se da seleção principal após 127 jogos, enquanto o central Couto, campeão em Riade (1989), totalizou 110, sendo que ambos ultrapassaram a centena já com mais de 30 anos.
No que respeita aos golos, Cristiano Ronaldo está a apenas um do “rei” Eusébio e a sete de Pauleta, o melhor marcador da história da formação das “quinas”, com 47.
O jogador nascido na Madeira, a 05 de fevereiro de 1985, está, assim, a 23 encontros e oito golos de ser, simultaneamente, o jogador com mais jogos disputados e golos marcados ao serviço da seleção portuguesa de futebol. Uma questão de tempo.
Atualmente no Real Madrid, Cristiano Ronaldo, que já venceu a Liga dos Campeões, o Mundial de clubes e também os campeonatos inglês e espanhol, ainda não conseguiu, como os seus antecessores, levar Portugal a um título internacional.
Ao lado de Figo, Couto e Pauleta, o futebolista formado no Sporting já esteve numa final, do Europeu de 2004, mas abandonou-a em lágrimas, após uma dramática derrota frente à Grécia (0-1), em pleno Estádio da Luz, em Lisboa.
Em termos de Mundiais, Cristiano Ronaldo também repetiu a façanha de Eusébio, ao chegar com Portugal a umas meias-finais, mas se o “Pantera Negra” caiu perante a anfitriã Inglaterra, em 1966 (1-2), CR7 não impediu o desaire face à França (0-1), em 2006.
Em 2012, o “7” luso esteve, novamente, perto do título, mas Portugal caiu na “lotaria” das grandes penalidades do Europeu, face à “toda poderosa” Espanha, que viria a conquistar o título, juntando-o ao Mundial, conseguido dois anos antes.
Ao contrário de todas as grandes figuras da história da formação das “quinas”, Ronaldo ainda pode, no entanto, concretizar esse sonho, sendo que a possa oportunidade é o Mundial de 2014, no Brasil, onde Portugal está com dificuldades em chegar.
Para trás ficou, há muito, a sua estreia: então já jogador do Manchester United, um “miúdo” de 18 anos, seis meses e 15 dias foi lançado por Scolari ao intervalo, substituindo Figo, que acabara de cumprir a sua 94.ª internacionalização “AA”.
Um “slalom” e um remate perigoso, a abrir a segunda parte, marcaram a sua primeira aparição na formação das “quinas”, que ganhou mais ou menos por acaso, com um golo nascido de um alívio do guarda-redes cazaque contra Simão.
Na altura, não seria fácil de prognosticar que esse miúdo se tornaria um dos melhores jogadores da história do futebol português e do Mundo, título ao qual concorre, ano após ano, com o “extraterrestre” Lionel Messi.
Agora, 10 anos depois, já totaliza 105 jogos, sendo que venceu mais de metade (59), somando ainda 28 empates e apenas 18 derrotas.
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