Abel Xavier quer potenciar o jogador moçambicano para que possa ser "exportado" o mais cedo possível para os principais mercados europeus onde pode desenvolver outras competências. O selecionador dos Mambas quer seguir o exemplo de outras seleções africanas formadas na sua maioria por jogadores que atuam em mercados dominantes como Espanha, França, Alemanha, Inglaterra e Itália.
"A Nigéria, o Gana, os Camarões, a Costa do Marfim conseguiram potencializar os seus jogadores, colocando-os em mercados dominantes, alguns países do Leste europeu também fizeram o mesmo. Temos o caso de Portugal onde os jogadores tiveram de ir para o estrangeiro para poderem melhorar o seu índice competitivo. São coisas que já foram feitas. Acredito que quando há matéria-prima e jogadores que apresentam um alto rácio de crescimento, o jogador moçambicano vai aparecer em mais mercados atrativos e dominantes", comentou Abel Xavier em exclusivo ao SAPO Desporto, à margem da inauguração da Cidade do Futebol da Federação Portuguesa de Futebol.
O antigo jogador do Benfica, Liverpool, entre outros, falou dos jogadores moçambicanos que atuam no estrangeiro e do que é preciso fazer para haver mais moçambicanos a evoluir nos principais campeonatos europeus.
"Temos cerca de 15 jogadores que jogam fora de Moçambique, na última convocatória estavam sete na lista. A riqueza de jogadores existe em Moçambique, o que existe é um défice competitivo. Queremos que estes jogadores que saem de Moçambique possam voltar e serem uma referência, serem jogadores que marquem a diferença. Neste momento temos de potenciar o jogador moçambicano, de tal forma que esses possam ir para outros mercados, nomeadamente o português, e a partir daí, criar alianças com esses clubes, e que essas contrapartidas sejam investidas em infraestruturas em Moçambique. O futebol moçambicano tem um grupo e uma geração de jogadores muito bons. Sou um interveniente direto para poder potenciar esses jogadores. Se esses jogadores entrarem noutros mercados, os clubes saem valorizados, os treinadores saem valorizados, as estruturas de Moçambique saem valorizadas", completou.
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