A futebolista portuguesa Fátima Pinto, que disputará por Portugal o Europeu na Holanda, admitiu hoje existir alguma ansiedade antes da estreia na competição, mas diz que a mesma é atenuada com o conhecimento dos rivais.
“Ansiedade? Um bocadinho, não podemos negar isso. Há sempre um bocadinho de ansiedade, mas, por outro lado, tranquilizamo-nos porque os treinadores falam connosco e temos todas as informações sobre as equipas. Nesse aspeto estamos tranquilas”, esclareceu.
Quase no final da segunda semana de trabalho na Cidade do Futebol, em Oeiras, a jogadora que atua no meio-campo luso revelou que a equipa das ‘quinas’ não teme nenhum adversário, apesar de ser a equipa menos cotada no ‘ranking’.
Na Holanda, no Grupo D, Portugal (38.º) encontrará a Espanha (13.ª do mundo), vencedora da Algarve Cup, a Escócia (21.ª), e a Inglaterra (5.ª), terceira classificada no Mundial de 2015.
“Não digo temer, temos respeito por todas. Sabemos que a Espanha - e joguei em Espanha dois anos (no Santa Teresa) - tem muito boas jogadoras, de grande qualidade técnica, e vai ser um jogo complicado, como todas os outros”, referiu Fátima Pinto, falando da primeira oponente na prova.
Mesmo as ausências de Vera Boquete ou Soni Bermudez na seleção espanhola, por opção do selecionador Jorge Vilda, não parecem enfraquecer a adversária de 19 de junho, em Doetinchem.
“A seleção espanhola, mesmo tendo jogadoras mais jovens, tem muita qualidade. Já nos escalões abaixo - sub-17 e sub-19 - são sub-campeãs da Europa. Como já disse, sabemos que vai ser complicado, mas queremos entrar com o pé direito e fazer um bom jogo frente à Espanha”, justificou.
A jogadora, que na última época, no ano de estreia pelo Sporting, sagrou-se campeã nacional e venceu a Taça de Portugal, é habitual titular nas ‘leoas’, mas na seleção enfrenta a forte concorrência de Dolores Silva, titular absoluta no apuramento.
“É muito difícil concorrer com a Dolores, mas eu cresço e aprendo muito com ela e é para isso que aqui estou, para trabalhar, para lhe dar concorrência e ela também crescer”, assinalou.
Mesmo essa ‘força’ de Espanha, que no apuramento venceu Portugal nos dois jogos (2-0 e 4-1), poderá não ser suficiente para que a seleção ‘vizinha’ possa ambicionar quebrar a hegemonia alemã (octocampeã europeia).
“Se formos a ver os últimos 10 anos, eu diria que os últimos três foram um grande salto e a Espanha está-se a notar cada vez mais. Acho que é complicado afirmarem-se como campeãs da Europa, mas vão no bom caminho”, considerou Fátima Pinto.
Na sexta-feira, a seleção feminina portuguesa, que ficou hoje com o grupo final de 23 jogadoras – com as saídas de Cristiana Garcia e Diana Gomes -, prosseguirá os treinos na Cidade do Futebol.
No fim de semana, as jogadoras folgam e na segunda-feira voltam a juntar-se na parte final do estágio, para mais uma semana de trabalho, antes de seguirem, a 15 de julho (sábado), para Oisterwijk, a localidade holandesa onde ficarão instaladas durante a fase final do Europeu.
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